da redação
Apesar das pressões da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para garantir melhorias no atendimento ao consumidor e no caixa das operadoras de plano de saúde, há pouco o que comemorar. Conforme o Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS), divulgado ontem pelo órgão, em vez de arrumarem a casa, os convênios que atendem servidores públicos apresentaram piora no desempenho — assistencial e econômico — desde 2008. A mesma situação é observada entre as operadoras de grande porte.
A Geap Autogestão em Saúde, o superplano do funcionalismo, e a CorreiosSaúde, da Empresa Brasileira de Correio e Telégrafos, registram os índices mais baixos, de 0,3. Já a Fundação Assistencial do Ministério da Fazenda (Assefaz), teve resultado de 0,4. O indicador vai de zero a 1 e considera a atenção à saúde, a situação econômico-financeira, a satisfação dos beneficiários, a estrutura da companhia e o modelo de operação.
No caso da Geap, o maior problema está nos cofres da empresa, com índice de 0,05. Nos quesitos patrimônio líquido por faturamento e suficiência em ativos garantidores, a avaliação foi zero. Na Assefaz, o ponto mais fraco está na atenção à saúde dos usuários. O plano dos Correios recebeu nota zero em assistência.
Segundo a ANS, nem mesmo gigantes do mercado, como a Central Nacional Unimed, a Amil e a Golden Cross, escaparam da avaliação ruim. A despeito de estarem classificadas acima da média do mercado, os resultados são os piores desde 2009. O diretor interino de gestão da ANS, Leandro Tavares, explicou que tal resultado decorreu da inclusão, neste ano, da pesquisa de satisfação do beneficiário. Como o levantamento foi facultativo, apenas 89 operadoras participaram. O resto acabou levando zero nesse quesito.
Fonte: Correio Braziliense