Previsão do mercado para PIB do país vai a 0,48%

    Previsão anterior de economistas ouvidos pelo BC era de 0,52%

    Estimativa encolheu pela 15ª semana consecutiva; inflação prevista para este ano subiu para 6,29%

    O mercado financeiro reduziu a projeção de crescimento da economia brasileira em 2014 pela 15ª vez consecutiva. Segundo o Boletim Focus do Banco CENTRAL, divulgado nesta segunda (8), os analistas projetam crescimento de 0,48% para o ano.

    A sondagem, feita com economistas de várias instituições financeiras, apontava alta de 0,52% no relatório divulgado em 1º de setembro e 0,70% na semana anterior.

    As estimativas dos analistas têm caído após o resultado do PIB do Brasil no segundo trimestre. Segundo divulgou o IBGE, a economia do país encolheu 0,6% no período. Em relação ao segundo trimestre de 2013, a economia do país encolheu em 0,9%.

    Com a revisão do resultado do primeiro trimestre para baixa de 0,2%, o Brasil, segundo alguns economistas, entrou em recessão técnica.

    Para o ano que vem, a expectativa dos economistas ouvidos pelo BC é de expansão de 1,10% do PIB, estimativa igual à anterior.

     

    INFLAÇÃO

    Os economistas aumentaram suas projeções para o IPCA, índice oficial de inflação, neste ano. A expectativa é a de que chegue a 6,29% em 2014, antes projeção de 6,27% na semana passada. Se a previsão se confirmar, o índice fechará o ano pouco abaixo do teto da meta do governo, que é de 6,5% ao ano.

    A alta na projeção da inflação vem na esteira do resultado do IPCA registrado em agosto pelo IBGE. Segundo o instituto, o índice acelerou e subiu 0,25% no mês. Voltou a ultrapassar o teto da meta no acumulado de 12 meses, atingindo 6,51% no período. Em julho, o IPCA permaneceu quase estável, a 0,01%.

    Para 2015, os analistas consultados pelo BC também apontam inflação de 6,29% ao ano.

    A respeito da taxa básica de juros do país, a Selic, a mediana das estimativas aponta que o mercado espera que 2014 se encerre nos atuais 11% ao ano. Para 2015, projetam juros de 11,63% ao ano.

     

    Fonte: Folha de S.Paulo

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