Protestos na copa

    Vera Batista

    A falta de diálogo e a política salarial restritiva do governo da presidente Dilma Rousseff criaram um alto nível de insatisfação, sobretudo, entre os servidores mais bem remunerados do Executivo. Para chamar a atenção, eles ameaçam fazer protestos durante a Copa do Mundo. A União das Carreiras de Estado (UCE), que representa 21 entidades, retomou a mobilização pela campanha salarial de 2014, com base no chamado Corrosômetro, um índice de aferição da perda inflacionária sobre a remuneração dos funcionários públicos. Segundo a medida, até julho, o impacto do aumento da carestia no bolso dos trabalhadores chegará a 26,7%.

    De acordo com os servidores, o risco de esse fosso se alargar é elevado, devido ao calendário: grandes eventos (copa e eleições) em 2014 e previsão de restrição fiscal em 2015, primeiro ano do próximo governo, o que pode prejudicar as negociações salariais no futuro próximo. Outro item da pauta de reivindicações são os benefícios, congelados desde julho de 2009. As diárias de serviço, o adicional de deslocamento, o auxílio-alimentação, o auxílio-creche e a assistência à saúde, segundo a UCE, estão defasados e sem previsão de reajuste.

     

    Fonte: Correio Braziliense

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