A recessão da economia brasileira será mais profunda do que os analistas projetavam no começo do ano. Segundo o Boletim Focus, do Banco Central, o Produto Interno Bruto (PIB) despencará 3,1% em 2015 e registrará queda de 1,9% em 2016. Os economistas ainda estimaram que a geração de riquezas no Brasil terá uma tímida expansão de 1% em 2017 e uma alta de 2% nos dois anos seguintes.
Para o professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB) José Carlos Oliveira, a crise política afugenta investidores do país e aumenta o grau de incerteza em relação à capacidade do Brasil de sair do atoleiro. Ele detalhou que, sem a execução do ajuste fiscal, o governo não conseguirá sinalizar claramente ao mercado que o país tem uma dívida pública sustentável e que a inflação está sob controle.
“As incertezas levam os analistas a procurarem proteção contra volatilidade, o que implica na alta de preços. Com isso, ostentamos a combinação perversa de baixo crescimento e inflação descontrolada”, disse Oliveira. O economista ainda detalhou que, sem o fim da crise política, o país manterá elevado o nível de incertezas. (AT)
Fonte: Correio Braziliense