A oposição está dividida quanto ao convite feito pela presidente Dilma Rousseff (PT) para um diálogo com Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) sobre a reforma política. Enquanto os marineiros acreditam que, se a presidente, de fato, formalizar a abertura de um canal de conversa, esse deve ser aceito. Já os tucanos declaram que as negociações devem se dar no Congresso, não no Planalto.
Um dia depois de o candidato a vice de Aécio, senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), ter feito um discurso contundente atacando o PT na tribuna, o senador reeleito Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que essa sinalização da petista não vai relativizar a atitude agressiva da presidente durante a campanha. “Vamos debater no Congresso. Se houver convergência, apoiaremos”, disse.
Já o coordenador da campanha de Marina, Walter Feldman (PSB-SP), defende a conversa. “Esse não é um projeto da presidente, é do país”, defendeu. Feldman lembra que, durante a campanha, tanto Marina quanto Eduardo Campos frisavam que a reforma política é fundamental para o país. “Já que será impossível fazer a ampla arrumação de que o Brasil necessita, que, ao menos, avancemos em uma área vital para a sobrevivência da democracia brasileira”, argumentou.
Fonte: Correio Braziliense