QUEM PRECISA IR AO Banco tem de aproveitar o dia de hoje. A partir desta terça-feira, os funcionários das instituições começam paralisação
Bancários de todo o Rio Grande do Sul entrarão em greve a partir de amanhã. A paralisação é por tempo indeterminado e atingirá instituições públicas e privadas.
A mobilização foi aprovada em assembleias nas bases sindicais espalhadas pelo Estado na quinta e na sexta-feira. Na Capital, o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários) aprovou a paralisação por unanimidade e deve ratificar a decisão em nova assembleia, às 19h de hoje.
Em todas as regiões do Rio Grande do Sul, os trabalhadores irão se reunir e devem confirmar a greve. Nas assembleias da semana passada, a categoria rejeitou a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que previa reajuste salarial de 7% e aumento no piso de 7,5%.
PROPOSTA FEITA NO SÁBADO FOI REJEITADA
No sábado, houve nova reunião de negociação entre a entidade e o Comando Nacional dos Bancários. A oferta subiu para 7,35% no salário e 8% no piso (0,94% e 1,55% de aumento real sobre a inflação, respectivamente), mas os trabalhares não aceitaram o acordo.
– Os bancos apresentaram uma proposta que ficou aquém das nossas reivindicações. A Fenaban também não avançou quanto a outros itens da nossa pauta, como o combate ao assédio moral e ao adoecimento dos bancários. Esperamos uma greve bastante fortalecida e com muita adesão – afirmou o presidente do SindBancários, Everton Gimenis.
De acordo com o sindicalista, na assembleia de hoje os trabalhadores devem seguir a orientação do comando nacional e ratificar o início da greve a partir de amanhã.
A NEGOCIAÇÃO
O QUE PEDE A CATEGORIA
-Reajuste salarial de 12,5% (5,4% de aumento real).
-Piso igual ao salário mínimo necessário do Dieese (R$ 2.979,25 em junho).
-Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários, mais parcela adicional de R$ 6.247.
-Vales alimentação, refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta e auxílio-creche/babá. Cada um dos itens equivale a R$ 724.
-14º salário.
-Fim das metas abusivas e das demissões.
-Plano de cargos, carreiras e salários (PCCS) para todos os bancários.
-Auxílio-educação para graduação e pós-graduação.
-Prevenção contra assaltos e sequestros.
O QUE OFERECEU A FENABAN
-Reajuste de 7,35% (0,94% de aumento real).
-Piso de R$ 1.779,97 (1,55% acima da inflação).
-PLR de 90% do salário mais R$ 1.818,51, limitado a R$ 9.755,42. Se o total da PLR ficar abaixo de 5% do lucro líquido do Banco, salta para 2,2 salários, com teto de R$ 21.461,91. A parcela adicional fica limitada a R$ 3.637,02.
-Auxílio-refeição de R$ 547,36 (R$ 24,88 para 22 dias úteis).
-Cesta alimentação e 13ª cesta de R$ 426,60.
-Auxílio-creche/babá de R$ 355,02 para filhos até 71 meses e R$ 303,70 para filhos de até 83 meses.
Fonte: Zero Hora