Sem fixar meta, Mantega espera superávit em 2014

    Sem se comprometer com um valor, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o governo está trabalhando para fechar o ano com um superávit primário. Amanhã, a área econômica divulga o relatório bimestral de receitas e despesas que deverá mostrar a meta de resultado primário projetada para o Executivo em 2014.

     

    Com a proposta de mudança da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano, que retira o limite de abatimento de investimento e desonerações da meta e troca a palavra superávit por resultado primário, aumentou, na avaliação de fontes, a possibilidade de haver um déficit primário neste ano.

     

    Para 2015, o ministro da Fazenda acredita ser possível atingir a meta de primário de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) devido à retomada da economia já verificada no segundo semestre deste ano.

     

    O ministro falou também sobre a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), que desacelerou para 0,38% em novembro, contra 0,48% em outubro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

     

    Para Mantega, uma inflação como a divulgada, que é mais moderada, mostra que “não é necessária nenhuma medida adicional”, referindo- se a aumento de juros para reduzir o índice de preços. “Sempre vai precisar subir ou descer os juros. Isso é uma permanente na politica monetária. Ela tem que ser flexível. Mas, agora, e quando a inflação cai? Não sei. Você é que resolve”, afirmou ao responder a questionamento de jornalistas.

     

    Mantega frisou que essa era a opinião dele, porque o Comitê de política monetária (Copom) tem “autonomia”. “O que eu posso dizer hoje é que a inflação está mais baixa.” Nesta semana, o diretor de Política Econômica do Banco CENTRAL, Carlos Hamilton, disse que o “Copom não será complacente com a inflação e, se necessário for, no momento certo, poderá “recalibrar” sua ação de política monetária de modo a garantir a prevalência de um cenário benigno para inflação nos próximos meses. (ES)

     

    Fonte: Valor Econômico

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