Mobilização ocorre após aprovação de reajuste salarial apenas para policiais federais; greve está prevista para 18 de janeiro
Entidades que representam servidores do Banco Central iniciaram hoje um movimento de entrega de cargos de chefia, em protesto pela concessão de reajuste somente para policiais federais. No final do mês passado, o Congresso aprovou o Orçamento de 2022 com previsão de destinação de 1,7 bilhão de reais para garantir o aumento.
Sindicatos e associações classificaram, em nota, como “lamentável” a postura do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que, segundo eles, não se mobilizou para garantir um reajuste aos servidores.
Além disso, o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), o Sindicato Nacional dos Técnicos do Banco Central do Brasil (SinTBacen), a Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil (ANBCB) anunciaram adesão à paralisação nacional prevista para 18 de janeiro, organizada pelo Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado.
No comunicado, também mencionaram um e-mail enviado por Campos Neto a servidores, no qual ele teria afirmado que “não existe espaço para lamentações”.
“Realmente não adianta lamentar, desabafar no WhatsApp. O único caminho real para resolvermos nossos problemas atuais é o das mobilizações”, disseram os sindicatos.
Também afirmaram que, segundo sinalizações do governo Bolsonaro, tanto policiais federais quanto servidores da Receita Federal serão beneficiados com reajustes, o que, de acordo com as entidades, aprofunda “ainda mais as diferenças remuneratórias entre o BC e carreiras congêneres”.
Fonte: O Antagonista