Servidores do BC planejam nova paralisação parcial para 10 de março

    Eduardo Hahon*da CNN
    em Brasília

    Greve por tempo indeterminado é “possibilidade concreta para a segunda quinzena de março”, afirmou o presidente do Sinal, Fábio Faiad

    Ainda na demanda por reajuste salarial, servidores do Banco Central (BC) trabalham em nova paralisação dos serviços, no dia 10 de março, das 14h às 18h. A movimentação foi confirmada pelo presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad. Em nota, o sindicato informou que cerca de 60% dos servidores aderiram à manifestação.

    O sindicato agora espera por uma resposta concreta do Governo Federal até o dia 16 de março. Caso esta não venha, passará a ser debatida greve por tempo indeterminado a partir da segunda quinzena do mesmo mês. Fábio Faiad afirmou que uma greve por tempo indeterminado é uma “possibilidade concreta”.

    Faiad afirmou que foi marcada uma nova conversa com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para depois do Carnaval, “entre os dias 7 e 11 de março”. “Acreditando que a referida reunião com o Roberto Campos Neto não trará ainda uma proposta oficial do Governo Federal, já estamos trabalhando em uma nova paralisação parcial em 10 de março”.

    Os representantes do Sinal se reuniram com Campos Neto pela última vez no dia 18 de fevereiro, e, apesar de o sindicato ter considerado o encontro positivo, a paralisação foi mantida por falta de uma proposta concreta do governo.

    Na nota, o presidente do sindicato disse esperar adesão de “no mínimo 70% dos servidores”, com possibilidade de alguns serviços serem atrasados ou, até mesmo, interrompidos.

    “O gargalo das negociações não está no BC, mas, sim, no Governo. As recentes declarações do presidente Bolsonaro, pedindo ‘compreensão’ aos servidores que não são da segurança, sugerem que o reajuste será dado somente para os policiais federais, excluindo os servidores do BC.”

    Esta será a quarta paralisação parcial da categoria neste ano. Os servidores do Banco Central demandam reajuste salarial e reestruturação de carreira. O movimento teve como estopim a sinalização por parte do governo federal de aumento para forças de segurança, com recursos previstos no Orçamento de 2022.

    *Estagiário sob a supervisão de Afonso Benites

    Fonte: CNN Brasil

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