Servidores públicos federais manifestam em frente ao Banco Central (BC) nesta 3ª feira (13.jan) em busca de reajuste salarial. Os atos estão marcados para 10h, em frente ao BC, e para 14h, no Ministério da Economia. A pressão dos servidores é para que o reajuste salarial seja feito para todas as categorias, não só para policiais federais, policiais federais rodoviários e agentes penais como prevê o Governo Federal.
É esperado cerca de 500 manifestantes em frente ao BC na manifestação das 10h, segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), Fábio Faiad. “Por conta da variante ômicron da covid-19, alguns servidores não devem vir presencialmente ao ato”, disse.
Representantes do Tribunal de Contas da União, do Ministério Público da União, de universidades e institutos federais estavam presentes no ato. A deputada Érica Kokay (PT-DF) participou da manifestação e discursou em defesa do serviço público no evento. “É um movimento que ganha corpo. Estamos vivenciando uma necropolítica, uma política da morte. Pergunto aqui quem são os parasitas deste país”, destacou. Confira imagens da manifestação:
De acordo com Faiad, é possível participar, além de forma presencial, de maneira virtual, pelo aplicativo Zoom e também no YouTube. Cerca de 500 participantes já estão on-line na plataforma de conferências virtuais.
A manifestação desta 3ª feira (18.jan), é um ato de advertência, segundo Faiad. “É uma paralisação de advertência, os serviços essenciais estão mantidos e contamos com somente alguns atrasos nas atividades. Queremos com a manifestação chamar para o diálogo. A nossa expectativa de adesão ao movimento, levando em conta os participantes no ato presencial e nas manifestações virtuais, foi atingida”, destacou o presidente do Sinal.
O sindicato afirma que sem reajustes até o fim de janeiro, em fevereiro os servidores vão começar greve geral. Segundo o diretor de comunicação do sindicato, Vardônio Sarmento, servidor aposentado do BC, o dia 4 de fevereiro é o último para o reajuste, que se não for feito, só vai ser possível novamente em 2024.
Para o movimento em frente à sede do Banco Central foi contratado um carro de som. Os servidores também trouxeram faixas com os pedidos de reestruturação do funcionalismo público e com críticas ao ministro da Economia, Paulo Guedes.
O presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), Rudinei Marques, fez um discurso no carro de som criticando o governo atual e o ministro da Economia. “Hoje é o dia que dizemos basta ao governo Bolsonaro. São cinco anos de congelamento salarial, três anos de ataques ao serviço público. Basta. Não vamos aceitar essa série de ataques ao funcionalismo público. O ministro Guedes chama os servidores de parasitas e, hoje, vamos devolver a granada para o bolso de Paulo Guedes. Que se exploda esse ministro”, destacou Rudinei.
A crise entre os servidores federais e o governo começou depois do Congresso aprovar R$ 1.7 bilhão para o reajuste dos salários dos policiais federais, um pedido pessoal do presidente Jair Bolsonaro (PL), para agradar um pilar importante da sua base política. Os outros servidores federais não ficaram satisfeitos e iniciaram uma série de manifestações. Os auditores da Receita Federal começaram o movimento com a entrega de cargos de chefia ainda em dezembro de 2021.
Fonte: SBT News