“Estamos aqui para denunciar este governo corrupto que tirou R$ 20 milhões do nosso bolso e investiu em campanhas de mídia para denegrir a imagem do serviço público brasileiro”, afirmou Rudinei Marques, presidente do Fonacate.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, decidiu receber representantes dos servidores públicos federais que, desde as 9h desta terça-feira (28/11), protestam contra a reforma da Previdência (PEC 287) e o pacote de medidas que adia os reajustes e eleva a contribuição previdenciária da categoria (PEC 805).
Maia receberá, ainda hoje, seis representantes do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) e do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), entidades que organizam o protesto.
Maia tenta, assim, acalmar os ânimos dos servidores, que não aceitam as mudanças propostas pelo governo federal na aposentadoria da categoria. “Estamos aqui para denunciar este governo corrupto que tirou R$ 20 milhões do nosso bolso e investiu em campanhas de mídia para denegrir a imagem do serviço público brasileiro”, afirmou Rudinei Marques, presidente do Fonacate.
Um pouco antes das 16h, os fóruns iniciaram, no Espaço do Servidor (bloco C da Esplanada), uma reunião para decidir se aderem ou não à greve geral de 5 de dezembro, convocada pelas centrais sindicais. Os funcionários públicos federais pressionam para que os parlamentares não votem e não a aceitem como os texto atuais das duas PECs.
Na avaiação dos líderes do movimento, o ato realizado pela manhã foi bem-sucedido, mas a categoria ainda não aderiu como deve ao protesto. “A ficha ainda não caiu”, disse um dos servidores presentes, referindo-se ao impacto que as mudanças trabalhista e previdenciária terão sobre o funcionalismo federal.
Via N2 foi interditada
A manifestação dos servidores públicos federais começou por volta das 9h em frente ao Anexo II da Câmara dos Deputados. Os participantes chegaram a interditar a via N2, mas a Polícia Militar negociou com os líderes do movimento e conseguiu a liberação do trecho por volta de 10h30.
De acordo com a PM, cerca de 1.500 pessoas participavam do ato nesse momento. Já os organizadores falavam em mais de 2 mil. Inicialmente, o movimento estava marcado para ser realizado na Praça dos Três Poderes, mas teve o local alterado.
Fonte: Fonacate