Sinal verde para gastos

    (VM e DB)

    O Banco Central resolveu colocar panos quentes na polêmica sobre a política fiscal frouxa do governo. Após cobrar seriedade com a gastança de dinheiro público, ontem, o relatório trimestral de inflação, divulgado pelo BC, cravou que as crescentes despesas para custear a máquina estatal têm “magnitude desprezível” sobre o consumo interno.

    Para o diretor de Política Econômica do órgão, Carlos Hamilton Araújo, a nova postura se ampara em critérios técnicos, utilizados para medir o real comportamento das contas públicas. Pelo novo fundamento, o BC excluiu do cálculo do superavit primário todos os fatores extraordinários da política fiscal — como as maquiagens contábeis realizadas pelo Tesouro Nacional para engordar o caixa público. Depois de retirar da conta todos esses itens, o BC consegue enxergar o que foi, de fato, feito em termos de economia para pagar os juros da dívida.

    Para o economista Rodrigo Zeidan, da Fundação Dom Cabral, a nova metodologia utilizada pelo BC poderá produzir mais incertezas em um momento em que empresários e investidores ainda estão muito cautelosos com os gastos do governo. “É mais um sinal ruim para o mercado. No fundo, o BC está avalizando uma política fiscal expansionista, feita com aumento de funcionários públicos e com cortes de impostos temporários em alguns setores da economia”, disse. Sinal verde para gastos

    O Banco Central resolveu colocar panos quentes na polêmica sobre a política fiscal frouxa do governo. Após cobrar seriedade com a gastança de dinheiro público, ontem, o relatório trimestral de inflação, divulgado pelo BC, cravou que as crescentes despesas para custear a máquina estatal têm “magnitude desprezível” sobre o consumo interno.

    Para o diretor de Política Econômica do órgão, Carlos Hamilton Araújo, a nova postura se ampara em critérios técnicos, utilizados para medir o real comportamento das contas públicas. Pelo novo fundamento, o BC excluiu do cálculo do superavit primário todos os fatores extraordinários da política fiscal — como as maquiagens contábeis realizadas pelo Tesouro Nacional para engordar o caixa público. Depois de retirar da conta todos esses itens, o BC consegue enxergar o que foi, de fato, feito em termos de economia para pagar os juros da dívida.

    Para o economista Rodrigo Zeidan, da Fundação Dom Cabral, a nova metodologia utilizada pelo BC poderá produzir mais incertezas em um momento em que empresários e investidores ainda estão muito cautelosos com os gastos do governo. “É mais um sinal ruim para o mercado. No fundo, o BC está avalizando uma política fiscal expansionista, feita com aumento de funcionários públicos e com cortes de impostos temporários em alguns setores da economia”, disse.

     

    Fonte: Correio Braziliense

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