Entidade alerta sobre risco de greve por tempo indeterminado caso o presidente do BC não exija um posicionamento do governo sobre o reajuste salarial dos servidores
O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) informou que a paralisação desta quinta-feira, 10, está sendo “um grande sucesso”, com adesão de 60% dos servidores da autoridade monetária. O sindicato cobra atitudes do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, e reforça a ameaça para uma eventual greve após a assembleia prevista para ocorrer na próxima quarta-feira, 16.
De acordo com o Sinal, houve cancelamento de reuniões com integrantes do sistema financeiro, paralisação do movimento de varredura de chaves no PIX, atraso no atendimento de demandas referentes à ferramenta e prejuízo na distribuição de cédulas no Rio de Janeiro.
O sindicato também informou que a reunião com o presidente do BC, prevista para acontecer esta semana, foi desmarcada “sem motivos”.
“Esperamos pelo menos o envio urgente de um ofício do presidente Roberto Campos Neto ao governo federal, exigindo um posicionamento concreto da União sobre o reajuste salarial nos mesmos moldes do que vai ser dado aos policiais federais”, escreveu o Sinal em nota enviada à imprensa.
Caso isso não ocorra, a entidade ameaçou discutir, na assembleia agendada para quarta-feira, uma proposta de “greve imediata por tempo indeterminado, com a entrega das comissões e substituições na mesma data”.