Estiveram presentes ao encontro representantes do Sinal, do Sindsep, do SinTBacen e da ANBCB.
Em reunião realizada na manhã desta segunda-feira, dia 12 de novembro, a diretora de Administração, Carolina Barros, o chefe do Depes, Marcelo Cota, e o adjunto, Rodrigo Collares, adiantaram a representantes sindicais e de associações de servidores as principais mudanças propostas no Programa de Assistência à Saúde dos Servidores do Banco Central (PASBC). As informações serão apresentadas, em detalhes, a todos os servidores em evento de auditório marcado para as 15h (horário de Brasília) desta tarde, com transmissão para todas as regionais.
“Como servidora do Banco, acredito que o PASBC é hoje o nosso benefício mais importante. Reitero o compromisso da Administração para que o Programa seja mantido e aprimorado e solicito a parceria de vocês para que isso aconteça”, comentou a diretora de Administração na abertura da reunião.
A apresentação foi a primeira de uma série de encontros que serão feitos durante o mês de novembro. O processo de revisão do PASBC contou também com grupos de trabalho, consultoria externa e rodas de conversa ocorridas em 2017 e 2018, em Brasília e nas praças, para ouvir os anseios dos servidores. “Estudamos diversos cenários e, agora, trazemos a vocês propostas para manter a saúde do nosso Programa”, comentou Marcelo Cota, chefe do Depes.
Mudança em 3 pilares
Marcelo explicou que as propostas estão ancoradas em três pilares. O primeiro é o aprimoramento de processos de gestão e governança, que envolvem melhorias na regulação, na revisão da rede credenciada, no uso intensivo de tecnologia, no investimento em capacitação e na integração com as praças.
O segundo pilar é o da prevenção e educação em saúde. Estão previstos levantamentos do perfil epidemiológico dos beneficiários e a adoção de um modelo de acompanhamento focado na atenção primária. “Nossa proposta inclui a criação de uma cesta de consultas e exames preventivos anuais para a qual não será cobrada coparticipação”, explicou o chefe do Depes.
O último pilar é o da sustentabilidade financeira. As mudanças visam a reduzir o desequilíbrio financeiro atual do Programa e permitir que o atual nível de benefícios possa a ser mantido, sem nenhuma mudança em lei. “Mesmo com o investimento intensivo em gestão e prevenção, nossos cenários apontam que o déficit continuaria. Portanto, precisamos fazer mudanças nas contribuições”, comentou Marcelo. Haverá ajustes na carteira de dependentes, no modelo de contribuição mensal e no modelo de coparticipação, a chamada PDL, que existe para favorecer o uso consciente dos serviços de saúde.
Opiniões dos participantes
Os representantes de sindicatos e associações cumprimentaram o BC pelas propostas, em especial pelo investimento em ações de gestão e prevenção. “Com o envelhecimento da população, precisaremos investir mais em saúde”, comentou Robson Randal, do Sindsep. Jordan Pereira, do Sinal, elogiou a disposição do BC em passar a revisar o Programa regularmente. “É sinal de que estamos realmente dando a ele a importância que merece”, declarou.
José Lourenço da Silva, do Sindsep, avaliou que um aumento nas contribuições significará perda salarial. “Esse aumento será especialmente difícil em um momento em que estamos sem garantia de reajustes”, criticou. Marcelo Cota explicou que, uma vez aprovadas as mudanças, elas passarão a vigorar somente a partir de maio de 2019. Um simulador estará disponível no Portal do PASBC para que as pessoas prevejam a mudança de sua contribuição e possam se preparar.
Juciano Cardoso, da ANBCB, acredita que, no geral, as pessoas compreendem que é importante manter um Programa de qualidade e que, para isso, um aumento, embora indesejável, será inevitável. “Todos querem que o Programa permaneça”, comentou.