Tesouro Direto registra 3º mês seguido de saque líquido

    O Tesouro Direto registrou em outubro seu terceiro mês seguido de saques líquidos – algo inédito -, acumulando R$ 734,34 milhões no período. Somente no mês passado, entre emissões de títulos (R$ 1,333 bilhão), recompras (R$ 1,521 bilhão) e vencimentos (R$ 700 mil), o saldo foi negativo em R$ 188,8 milhões.

    O resultado de setembro, negativo em R$ 486,63 milhões, foi o segundo pior da série histórica, que começa em janeiro de 2005. O maior saque, de R$ 577,83 milhões em maio de 2015, foi influenciado pelo vencimento de R$ 2,059 bilhões em NTN-B Principal, o que não se repetiu em setembro deste ano, quando a saída foi quase inteiramente promovida por recompras.

    Em resposta ao Valor, o Tesouro disse que o movimento dos últimos meses é natural e reflete as condições de mercado com Juros mais baixos e valorização dos papéis. “Nesse cenário, é provável que muitos investidores tenham optado pela realização de lucros”, diz.

    O Tesouro reforçou ainda que, no período de janeiro a outubro de 2017, houve ingresso de 149.896 novos investidores ativos. “O número de investidores posicionados tem crescido em um patamar médio mais elevado do que em anos anteriores. A média mensal de novos investidores com posição em 2017 é de 14.990, superando a média mensal de novos investidores em 2016 (13.988), 2015 (8.741) e 2014 (2.596)”, destaca.

    O Tesouro Direto tem 1,722 milhão de investidores cadastrados, sendo 551.695 ativos. Apesar do resgate líquido em outubro, o estoque do programa bateu novo recorde e fechou o mês em R$ 47,849 bilhões, com aumento de 0,5% ante setembro e de 25,5% sobre o mesmo período do ano passado.

    Fonte: VALOR ECONÔMICO

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