O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, pediu ao diretor-executivo do grupo de países liderados pelo Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI), Otaviano Canuto, que retornasse ao Banco Mundial. Canuto confirmou ainda que Alexandre Tombini, que está deixando a presidência do Banco Central (BC), irá para o FMI. A informação foi antecipada pelo Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, em meados de maio.
Tombini será substituído pelo economista Ilan Goldfajn, que teve seu nome aprovado pelo plenário do Senado na terça-feira. O novo presidente do BC deve assumir o cargo nos próximos dias. O mandato de Canuto no FMI termina em outubro. O sucessor será escolhido em eleição entre outubro e novembro, entre os países do grupo do qual o Brasil faz parte.
Com essa dança das cadeiras, Antônio Henrique Silveira, que atualmente está no Banco Mundial, vai, para o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), conforme Canuto. As mudanças devem ser feitas até 1º de agosto.
O diretor-executivo do FMI e Silveira estiveram reunidos ontem com Meirelles. Segundo Canuto, durante a conversa, passou ao ministro a visão favorável das “pessoas de Washington” sobre as medidas adotadas pela nova equipe econômica para equilibrar as contas públicas como a aprovação da DRU (Desvinculação das Receitas da União) e da decisão de se fixar um teto para o gasto público. O diretor do FMI reforçou ao ministro que os indicadores da OCDE mostram que o Brasil já atingiu o “fim do poço” e a perspectiva é de retomada do crescimento econômico.
Fonte: Valor Econômico