Sr. Presidente e demais diretores do Banco Central do Brasil
Nossa desgastante campanha salarial encontra-se em sua etapa final. O Governo manteve-se intransigente em relação à definição do índice geral de reposição, que é insuficiente para recuperar as perdas passadas, desconsidera a elevada inflação corrente e possivelmente subestima a que teremos nos próximos anos. Além disso, piorou sua própria proposta original, ao postergar a data prevista para a sua aplicação.
Em relação às reivindicações específicas formuladas por distintos segmentos do funcionalismo público federal, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão informa ter avançado em diversos acordos setoriais. No nosso caso, exceto pela perspectiva de início do processo de modernização da carreira de Especialista, mediante a exigência de nível superior para o cargo de Técnico, nada mais foi oferecido.
O realinhamento que reivindicamos entre Técnicos, Analistas e Procuradores, mais o reajuste salarial dos funcionários celetistas ativos, segundo estudos realizados, implicarão um impacto absoluto pequeno sobre a folha de pagamentos do conjunto do funcionalismo, e bem menor do que o impacto decorrente de propostas que estão sendo discutidas com outros segmentos de servidores, em suas negociações setoriais.
Para que nossas justas reivindicações possam ser atendidas, é necessário que a Diretoria Colegiada do Banco Central assuma efetivamente a responsabilidade que lhe cabe de encaminhar perante a esfera governamental competente a imediata abertura de negociações sobre os itens de nossa pauta de reivindicações específicas, bem como defendê-las nessas negociações, evitando que um eventual encerramento da campanha, sem que asseguremos essas conquistas mínimas, torne ainda mais precário o clima organizacional hoje existente em nossa instituição, recentemente evidenciado em pesquisa feita na sede de São Paulo.
