Edição 14.07.2021

A PEC do desmonte do serviço público – 3 – Avisos de catástrofe

“A PEC 32 nada mais é do que uma mentira contada á população, mais uma mentira contada pelo Ministro Paulo Guedes. Quem assiste ao ministro Paulo Guedes falando sobre a PEC 32 tem exatamente a noção do que o Deputado Professor Israel comentou. O que ele fala (Paulo Guedes), não tem nada a ver com texto que está apresentado ao Congresso Nacional, absolutamente, não tem nenhum nexo de causalidade entre o texto proposto no Congresso Nacional e os pretensos efeitos que são anunciados pelo ministro Paulo Guedes, (…), é óbvio que ele sabe disso, ele não é inocente, ele sabe o que está falando, (…) é lamentável, por que é uma mentira que ele está contando à população brasileira. Ele vende um projeto neoliberal, lindo, em que todos vão ser felizes, que haverá uma eficiência imensa, onde tudo vai funcionar como nunca funcionou, não é?; e a gente sabe que isso não é verdade, o Brasil funciona, está aí a pandemia, e essa belíssima demonstração que os servidores públicos do SUS, também aqui de parte da iniciativa privada (…) não essa aí que está pendurada no Orçamento. que ganha dinheiro fácil (…) mostrou que nós somos capazes de manter uma saúde pública de qualidade, está aí o que o SUS representou para o Brasil nesse momento de pandemia.”

“O que a PEC 32 é (…) é uma verdadeira apoteose ao patrimonialismo brasileiro (…) onde a PEC mais mexe que é a questão dos vínculos e a questão da demissão, então ele coloca e fala: não, vamos então tirar esse perfil e colocar outro perfil no lugar do famoso servidor comissionado. E aqui também cabe uma observação, a culpa, a qualidade do servidor comissionado não é o problema. O problema não é se o trabalhador é concursado, se ele é comissionado, terceirizado; existem trabalhadores bons que são comissionados e existem trabalhadores ruins que são concursados, assim como existem terceirizados bons e terceirizados ruins; o problema não é a qualidade do trabalhador, esse não é o problema. O problema é o tipo de vínculo que se quer criar, o tipo de normas que se quer criar, permite à classe política uma maior ingerência sobre o funcionamento da máquina pública, esse é o problema.

Além, é claro, daquilo que já comentamos por aqui antes, que é simplesmente a saída do servidor público de cena para a entrada de empresas, e adivinha: quem serão essas empresas? É claro que serão da classe política, é claro que o empresário que vai explorar a saúde, a educação é um amigo do deputado, do senador, do Presidente da República, e assim por diante, é isso o que vai acontecer. E é nítido que o serviço de saúde e educação oferecida à classe mais pobre, é óbvio que esse serviço não vai entregar o que ele vai prometer, as pessoas vão pagar ,vão tirar do bolso com grande esforço para pagar uma saúde, porque ele quer se proteger (…) e educar os filhos, e ele vai fazer, quem aqui é pai, sabe disso, imagina, qualquer pai vai fazer de tudo, vai dar sua vida para que o filho tenha um futuro melhor, é isso que vai acontecer com a população, mas não vai ser entregue. Na hora que entra lá no hospital (…), olha: o seu plano não cobre o sedativo, olha: a hora que precisar colocar o filho lá na escola o professor que vai dar aula é de quinta categoria (…)

Trechos da fala do Presidente do Sindilegis Alison Souza;  clique aqui para acessar o Seminário na íntegra.

 

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Porto Alegre, 14 de julho de 2021.

Conselho Regional do Sinal/RS

Diretoria Executiva Regional

Larri Duarte – Presidente

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