Carta de Renúncia ao Conselho Nacional e a Direx-DF
Sinal-DF Informa de 01/07/2016
Prezado colega e servidor de Brasília,
Escrevo para lhe informar que estou deixando, por motivos pessoais, a cadeira de Conselheiro do Sinal Nacional e de Diretor Secretário do Sinal-DF, permanecendo como Conselheiro Regional do Sinal-DF. Peço que me perdoe por essa saída antecipada e agradeço a confiança a mim depositada neste mandato.
Muito me orgulha poder servir como seu representante, em especial no período em que fui presidente do Sinal-DF e Diretor de Externas (trabalho junto ao Congresso Nacional) do Sinal Nacional, entre maio de 2011 e abril de 2013. Considero a representação política um trabalho de muita responsabilidade e nobreza.
Mas também considero que essa tarefa deva ser passageira e oxigenada permanentemente com a participação de novos colegas.
Para mim sempre foi um sacrifício pessoal participar das inóspitas reuniões do Conselho Nacional do Sinal – CN, principalmente nos últimos três anos, quando o CN perdeu a colaboração de colegas da estatura de um Mário Getúlio, do Sinal de BH e um Edilson Rodrigues, do Sinal de Belém. Sem eles, o CN perdeu o pouco que tinha de uma representação onde o contraditório era levado a sério e assumiu mais intensamente sua natureza de compadrio, ficando o Sinal-DF na maioria das vezes sendo a única voz buscando legitimidade na representação política dos servidores do Banco Central.
É importante que os colegas de Brasília tenham consciência que existe uma diferença fundamental na atuação dos representantes do Sinal-DF, com a qual me alinho, em especial a partir de 2011, que têm primado por ouvir e saber o pensamento majoritário do servidor de Brasília, para a partir daí compor sua ação política. Por outro lado, a maioria do CN, composto de representantes de todas as regionais do Banco Central, se considera o próprio Moisés, abrindo o mar vermelho para que os servidores os sigam sem questionamentos.
As últimas declarações do presidente Daro em relação à recente substituição do presidente do Banco Central, desprezando a opinião majoritária do servidor do Banco Central, a quem deveria representar, são exemplos dessa inversão de valores na arte da representação política.
O Sinal-DF, do qual me orgulho de fazer parte, por outro lado, tem um time de colegas que procura estar atento ao pensamento majoritário dos servidores de Brasília, antes de falar em seu nome. Neste mandato, Rita Girão, Gregório Lopes, Mauro Mazzochin, Renner Mascarenhas, Marcelo Araújo, Fernando Sena, Vânia Souto, Josina Oliveira e eu estamos preocupados não apenas com a questão salarial, mas com demandas dos colegas, tais como flexibilização e redução de horário de trabalho, horário reduzido para pais de crianças portadoras de necessidades especiais, creche para filhos recentes, teletrabalho e uma série de outras demandas dos servidores aqui de Brasília. Temos consciência de que a valorização do Banco Central e sua autonomia é uma aspiração dos servidores, da qual fazemos parte e juntamos nossas forças. Essa sintonia com a base de servidores dá ao Sinal-DF legitimidade na sua ação.
Eu gostaria de terminar agradecendo mais uma vez a confiança depositada e a esperança de que o exemplo do Sinal-DF possa gerar sementes na representação política dos servidores do Banco Central do Brasil.
José Ricardo da Costa e Silva
Conselheiro regional
Sinal-DF
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