Edição 470 - 26/08/2015

E o Banco Central foi ao Congresso Nacional


Sinal-DF Informa de 26/08/2015

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O presidente do Banco Central vai muitas vezes ao Congresso Nacional, em especial na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal, prestar contas do andamento da economia e das ações do Banco Central. Diretores e assessoria parlamentar também frequentam as casas de representação política da população para esclarecer questões de interesse do BC e dos parlamentares.

O Sinal também costuma frequentar o Congresso Nacional para defender os interesses dos servidores do Banco Central. Muitas vezes convoca colegas das regionais vinculados ao sindicato para fazer pressão junto a parlamentares.

Mas no dia 25 de agosto de 2015, pela primeira vez, cerca de 60 servidores do Banco Central do Brasil, em sua maioria de Brasília, se voluntariaram para participar de uma visita ao Congresso Nacional.

Outras categorias mais mobilizadas e organizadas, como o pessoal do Judiciário, não conseguiram entrar nas dependências do congresso e tiveram que fazer barulho do lado de fora. Mas isso não ocorreu com os servidores do Banco Central. Mesmo a inusitada adesão, a forte restrição ao acesso aos espaços da Câmara dos Deputados e a pouca organização não impediram o Banco Central na figura de seus servidores marcarem presença, conversando com parlamentares, assessores e mesmo com algumas lideranças. A ação que se iniciou ás 14hs se estendeu pela tarde, e às oito da noite ainda haviam servidores em reunião com parlamentares.

Com a nota oficial do Banco Central nas mãos e uma cópia do livreto sobre a PEC 147, os servidores do Banco Central falaram da importância dos trabalhos feitos pela Instituição e seus servidores para o Brasil e os brasileiros.

Muitas vezes mal compreendida pelo parlamento, a missão do Banco Central foi defendida pelos servidores, que se dividiram para falar da importância da estabilidade do poder de compra da moeda, do sistema financeiro nacional e do sistema de pagamentos para a normalidade democrática e a saúde econômica do país.

Para muitos desses servidores essa missão em nada deve ao trabalho feito pela Receita Federal ou pela Advocacia da União.

O Banco mudou com a mudança de ação dos seus servidores. No mais das vezes recatado e discreto, o servidor costuma acreditar que a repercussão de seu trabalho depende só da dedicação com que realiza suas atividades diárias. Mas o servidor percebeu que a repercussão de seu trabalho depende não somente do microcosmo de sua ação, mas, principalmente, sofre forte influência da ação de outros órgãos e da política. Por isso ressoou no Congresso a integridade e competência com que desempenha suas atividades.

A aprendizagem da primeira experiência deve levar a ações mais eficientes no futuro para defender uma Instituição forte e um servidor reconhecido. O Banco Central foi ao Congresso Nacional pela primeira vez e marcou presença.

Como resultado imediato dessa visita, a deputada Christiane Yared do PTN do Paraná já preparou e vai protocolar hoje à tarde pedido de inclusão da PEC 147 na Pauta da Câmara dos Deputados. A PEC 147 dá aos servidores do BCB o mesmo tratamento da PEC 443 aos advogados da união.

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Rita Girão Guimarães
Presidente do Conselho Regional do Sinal
Seção Regional Brasília

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