Edição 540 - 21/12/2015

Porque o Sinal-DF defende aceitação do reajuste de 27,9% em quatro anos


Sinal-DF Informa de 21/12/2015

http://www.sinal.org.br/brasilia/imagens/SDFI_21_12_2015_IMG_01.jpg

Nesta terça-feira, 22 de dezembro, estaremos deliberando sobre proposta do governo para o reajuste nos próximos anos. Teremos que escolher entre 27,9% em quatro anos e 10,8% em dois anos, ambos a partir de agosto de 2016, conforme discriminado a seguir. Ou a rejeição da proposta.

a) Em quatro parcelas, sendo 5,5% em agosto de 2016, 6,99% em janeiro de 2017, 6,65% em janeiro de 2018 e 6,31% em janeiro de 2019;
b) Em duas parcelas, sendo 5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017;

Além disso, constam de ambas as propostas:

• Reajuste dos auxílios alimentação, para R$ 458,00, e pré-escolar, para valores entre R$ 317,00 e R$ 396,00, conforme a praça, a partir de 1.1.2016;
• Exigência de nível superior para ingresso no cargo de Técnico do Banco Central.

O Sinal-DF defende a aceitação do reajuste de 27,9% em quatro anos, pelos motivos listados a seguir:

Os servidores de Brasília já haviam decidido pela aceitação de proposta de 4 anos, na AGR do dia 8 de setembro, (link para ata);

Nesta mesma linha, o Conselho Nacional do Sinal decidiu, em Telereunião neste sábado pelo indicativo favorável à quatro anos;

No reajuste anterior, as categorias que rejeitaram os 5-5-5 em 2012, na esperança de receber mais em negociação em separado, algumas contando com maior poder de mobilização, como a Polícia Federal, perderam 2 anos e acabaram aceitando os 5-5-5 com prejuízo do não recebimento nos anos anteriores;

O reajuste de 27,9% não é o realinhamento, mas é o que melhor se aproxima da bandeira histórica dos servidores de Brasília, que é a reequiparação de analistas e procuradores do BCB, uma vez que esses últimos só receberão 21,3%, ao final dos próximos 4 anos, o topo das duas carreiras estará equiparado no vencimento básico.

A proposta não engloba o bônus de eficiência, em analogia aos honorários de sucumbência, mas a possibilidade dessa parcela só para ativos gerou grandes desencontros dentro do BCB. Os 27,9% são para todos, cria encontro entre pessoal da ativa e aposentados.

O Banco Central é composto de servidores (técnicos) altamente qualificados, que acompanham de perto o desenrolar da economia e fazem projeções importantes para os próximos anos. Nesse sentido, como já havia sido debatido pelos servidores em assembleias anteriores em Brasília, o cenário político-econômico está rodeado de incertezas crescentes quanto ao futuro próximo. Há previsões de que o país viva nos próximos 3 anos (incluindo 2015) a maior recessão dos últimos tempos. O cenário de desemprego é desalentador, com grande perda de emprego e aumento do desemprego.

Por mais que a inflação deva se manter em patamares elevados nos próximos anos, a redução do ritmo de atividade deve fragilizar as negociações em todos os setores da economia. Nesse sentido, aceitar o reajuste de 27,9% em quatro anos dá alguma tranquilidade aos servidores do BCB, em ambiente de águas turbulentas;

Se ao contrario o servidor aceitar reajuste inferior (10,8% em dois anos), precisará renegociar o reajuste de 2018 e 2019 em 2017, ano em que o país, de acordo com as projeções, estará com nível de atividade bem abaixo que o de hoje. E um cenário político repleto de incertezas.

Assim sendo, o Sinal-DF defende a aceitação da proposta de 27,9% (ago/2016=5,5%; jan/17=6,99%; jan/18= 6,65% e jan19=6,31%) para os servidores do Banco Central.

Não deixe que os outros decidam por você!

ASSEMBLEIA GERAL NACIONAL – AGN AMANHÃ, das 09h00 às 17h00, no 2º SS em Brasília,

A votação estará aberta durante todo este período em que a Assembleia estará ocorrendo.

Rita Girão Guimarães
Presidente do Conselho Regional do Sinal
Seção Regional Brasília

1.508 filiados em Brasília

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