Edição 0 - 23/10/2006

SINAL-SP INFORMA nº 61, de 23/10/06

    

 SINAL-SP INFORMA

São Paulo, 23 de outubro de 2006 – nº 61

 

23/10: DIA DO APOSENTADO DO BC

Nesta segunda-feira, 23/10, comemoramos o Dia do Aposentado do BC. O Conselho Regional do Sinal-SP presta aqui sua homenagem a todos os colegas que, em seu tempo, contribuíram para a construção do Banco Central de hoje.

 

CAMPANHA NACIONAL DE SINDICALIZAÇÃO

A Campanha entra em sua segunda semana, tendo agora por tema os aposentados do BC, coincidente com as comemorações pelo seu dia.

O quadro de filiação ao Sinal-SP, em relação ao total do funcionalismo na Regional, é um dos mais significativos (posição em set/06): cerca de 72% entre os ativos, 96% entre os aposentados e pensionistas do RJU, e 60% entre os aposentados celetistas.

Você que ainda não se filiou, junte-se a esse grande contingente de colegas sindicalizados. A união faz a força! 

 

II CONCURSO PAULO ROBERTO DE CASTRO DE MONOGRAFIA

Se você tem interesse em participar, não perca o prazo! Segundo o Regulamento (§ 1º do artigo 5º), as monografias só serão aceitas se recebidas ou postadas até 31 de outubro de 2006.

 

 

SINAL-SP NA IMPRENSA

Na sexta-feira passada, dia 20/10, foi publicada no jornal O Estado de São Paulo – Fórum dos Leitores, carta do SINAL-SP sobre matéria datada de 15/10, em que se discute o ritmo crescente dos gastos públicos. Eis abaixo as publicações.

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O Estado de São Paulo

ESPAÇO ABERTO

Cartas

Sexta-feira, 20 outubro de 2006

Governo perdulário

A matéria "Inchaço do governo federal anula a redução de gastos das estatais" (15/10) prova que o governo é perdulário quando se trata do custeio da administração. Isso afeta diretamente a imagem do funcionário público. A prática de inchar a máquina com altos salários pagos para indicados políticos que ocupam cargos de livre nomeação passa à opinião pública a idéia de que é preciso arrochar e demitir. Da acurada análise da matéria da jornalista Rennée Pereira se depreende corretamente que o governo gasta mal e cada vez mais. Todavia é preciso atentar para que os cortes nos gastos públicos sejam feitos na gordura, e não na carne da estrutura administrativa.

DARO MARCOS PIFFER, presidente regional do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal)

sinal.sp@terra.com.br

São Paulo

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INCHAÇO DO GOVERNO FEDERAL ANULA A REDUÇÃO DE GASTOS DAS ESTATAIS

Entre 1980 e 2005, o custeio da administração central, somado à despesa das estatais, ficou em 20% do PIB

Renée Pereira

O tamanho do governo praticamente não se alterou entre 1980 e 2005. Apesar do processo de privatização das estatais federais, o custeio do Estado – que inclui despesas com mão-de-obra, materiais, previdência, educação, saúde, bolsa-família e segurança nacional – se manteve em torno de 20% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estudo elaborado pela Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas, e da Universidade Presbiteriana Mackenzie, obtido com exclusividade pelo Estado.

O número reforça a necessidade de mudanças radicais na próxima administração para conter o ritmo crescente dos gastos públicos – um problema que tem se arrastado sem solução nos últimos anos. Os candidatos à Presidência da República, no entanto, têm evitado falar muito do assunto, que exigirá medidas bastante impopulares para surtir algum efeito.

O trabalho, elaborado pelos professores Paulo Roberto Arvate (FGV) e Vladimir Fernandes Maciel (Mackenzie), considera no cálculo do tamanho do Estado, além do custeio do governo central, as despesas das estatais, com dados do Tesouro Nacional e do Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest), entre outros documentos. O cálculo não inclui gastos com juros e investimentos.

A conclusão do estudo é que o espaço reduzido com as privatizações foi, aos poucos, incorporado pelo governo central. Assim, a curva de custeio do governo central aumentou e a das estatais caiu. 'Tudo que estava acomodado nas estatais passou a ser acomodado nos ministérios', destaca Arvate. Exemplo disso é o aumento do número de pastas na atual administração, que subiu de 20 para 25 ministérios gastadores, sem Fazenda e Planejamento. Trata-se do maior número desde 1985.

Uma explicação para o aumento, diz Arvate, é que as estatais representavam um poderoso espaço político, tão disputado quanto os ministérios por causa do volume de recursos que elas movimentavam. Com a privatização, foi preciso encontrar outro espaço para acomodar os aliados. 'É um jogo de barganha. Você oferece um cargo para conseguir a maioria no Congresso e governar o País', observa o professor da FGV, explicando o fato de o tamanho do governo continuar o mesmo.

Maciel, outro pesquisador do trabalho, destaca ainda que grande parte do crescimento das despesas correntes entre o fim do governo Sarney e o início do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso pode ser explicado pela Constituição de 1988. 'Isso ocorreu pelo avanço das despesas com Previdência (número e valor dos benefícios) e pelo aumento do número de gastos assistenciais e com pessoal.'

Surgiu então a necessidade de estabilizar a economia desenhando um conjunto de reformas em direção à abertura econômica e à redução da participação estatal. As medidas dariam dinamismo e competição à economia e reduziriam a intervenção do Estado e seu tamanho. A idéia era dar prioridade às políticas públicas e transferir para a iniciativa privada segmentos que não fossem estratégicos.

De 1988 até 1998, o número de estatais federais caiu de 258 para 92, segundo o estudo. A partir do segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso e durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva não houve nenhuma outra privatização e o número de estatais voltou a subir.

No início, o aumento deveu-se à transferência de empresas estatais dos governos estaduais e municipais para o governo federal, como parte do processo de renegociação das dívidas de Estados e Municípios. Segundo os professores, um exemplo de companhia estadual que passou para o controle federal foi a Companhia de Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp).

REESTATIZAÇÃO

No governo Lula, houve um movimento de reestatização, com estatais comprando empresas que estavam com a iniciativa privada. No setor de energia elétrica, por exemplo, a estatal Eletrobrás, que controla Furnas, Eletronorte e Chesf, iniciou um movimento de compra de participação em hidrelétricas de grande porte, como Peixe Angical, Foz do Chapecó e Lajeado, entre outras. Além disso, arrematou várias usinas nos leilões de energia nova promovido pelo governo.

Esse movimento contribuiu para elevar o número de estatais no governo Lula de 106, em 2002, para 135 empresas, no ano passado. Juntam-se a isso as aquisições feitas pela Petrobrás, como a Agip-Liquigás. 'Hoje quem faz os investimentos não é o governo, mas sim as estatais', diz Arvate.

Um Estado maior significa ter receitas suficientes para cumprir os compromissos e cobrir os gastos do governo. Fator que justifica os consecutivos aumentos na carga tributária brasileira, em 38,9% do PIB. 'É como uma taxa de condomínio. Você paga o quanto o condomínio gasta. Se gasta mais, tem chamada extra. É o que está ocorrendo com o Brasil', exemplifica o tributarista Clóvis Panzarini, em recente entrevista ao Estado.

O especialista em contas públicas, Raul Velloso, completa ainda que há no Brasil um modelo de crescimento do governo que impede o avanço da economia. 'Esse modelo de crescimento está chegando ao fim, pois não dá para criar mais impostos no País.'

Para os professores da FGV e Mackenzie, a solução para o problema está em fazer, além de uma reforma fiscal, uma reforma política para reduzir o espaço político. 'É preciso ter menos jogadores', diz Arvate, concluindo que a tese de que a privatização diminuiria o tamanho do governo não funcionou no Brasil, ao contrário do que ocorreu na Inglaterra.

 

INGRESSOS DE CINEMA

Unibanco Arteplex SP – O Sinal dispõe de convites pelo preço de R$ 8,00, com prazo de validade até 14/12/06. Os convites devem ser trocados por ingresso na bilheteria dos cinemas, no Shopping Frei Caneca – Rua Frei Caneca. 569, 3º piso. Consulte aqui a programação.

Rede Cinemark – O Sinal dispõe de convites pelo preço de R$ 9,00, com prazo de validade, no momento, até 30/11/06, para todos os cinemas e sessões da rede, exceto no Shopping Iguatemi São Paulo. Os convites devem ser trocados por ingresso nas respectivas bilheterias. Consulte aqui a ajuda para a programação.

Encomende seus convites por telefone: (11) 3159-0252

 

SINAL – Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central

Rua Peixoto Gomide, 211 – São Paulo (SP) – Cep 01409-001

Tel/Fax: 3159-0252 / e-mail: sinalsp@sinal.org.br

 

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