TRANSPARÊNCIA E DEBATE

A cobrança social pela estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do sistema financeiro enquanto depositário da poupança popular se avoluma e isso exige de nós, como bem se apercebeu na XXII Assembleia Nacional Deliberativa – AND do Sinal, atenção a temas tão diversos como o crescimento econômico e o pleno emprego, os direitos do consumidor e o combate a ilícitos financeiros de toda a ordem.

O nosso sucesso nesse conjunto de frentes, aliado à atuação do Banco Central na minimização dos efeitos da recente crise econômica, certamente, nos habilitará a alcançar o desejado topo salarial do Poder Executivo. Cabe, pois, aos dirigentes do Sinal, concentrar esforços no levantamento de possíveis cenários e preparar, com responsabilidade, a categoria para vencer os obstáculos que porventura apareçam.

Um cenário bastante nítido é o do crescente peso dos trabalhadores que, de forma organizada e independente, cada vez mais têm procurado interferir nos destinos do nosso país. Trata-se do fenômeno das centrais sindicais que têm ampliado seu espaço na vida pública nacional, tratando desde a valorização do salário mínimo até a saúde do trabalhador, passando por áreas como a manutenção e a expansão dos direitos trabalhistas e o direito ao dissídio coletivo dos servidores públicos. Além de seu inegável poder de mobilização, a lei lhes garante assento em todos os fóruns e conselhos federais que tratam de políticas e interesses públicos.

É sempre bom lembrar que, no seio da moderna democracia, as entidades representativas dos diversos segmentos sociais têm vez e voz, por meio de seus representantes, em diversas instâncias da política nacional.

Não é por acaso que a XXIII AND apontou a necessidade de o funcionalismo debruçar-se sobre o tema da filiação a uma central sindical, com o intuito de analisar se ali existe uma oportunidade de fortalecer a nossa luta em conjunto com os demais trabalhadores do Brasil.

O Conselho Regional de São Paulo prontificou-se, de imediato, e está levando adiante a intensificação do trabalho de contato com as centrais para recolher subsídios ao debate que se inicia. Acompanhados do presidente do Sinal Nacional, fomos primeiro à União Geral dos Trabalhadores – UGT para participar do seminário internacional de direito sindical comparado, depois à Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – CGTB, e seguiremos aportando nossa contribuição para a aproximação do funcionalismo do BC com essas e as demais centrais.

Há que se frisar, terminantemente, que contatar, participar, se reunir e conversar não significa, de nenhum modo, a adesão ou não a esta ou àquela central, uma vez que tal decisão será tomada majoritariamente pelos filiados após a realização de amplo debate, embora assim não pense uma minoria desprovida de argumentos e compromissos que quer fazer valer, na base de ameaças e injúrias, a sua opinião contrária a qualquer aproximação.

Retomamos, por outro lado, a nossa prática de interlocução parlamentar nacional, no sentido de apoiar os contatos com deputados e senadores de São Paulo que tratam de matérias de interesse da categoria, como o deputado Arnaldo Faria de Sá, que nos recebeu, para conversar sobre a Proposta de Emenda à Constituição – PEC 210, que remove os entraves para a obtenção de anuênios extra-subsídio. Ali, salientamos, em complemento à atuação do diretor nacional de Relações Externas e do assessor de assuntos sindicais, a necessidade de universalização do benefício.

Assim tem atuado o Conselho Regional de São Paulo, aberto ao debate franco, porém cortês, e assim seguiremos firmes e determinados no nosso propósito de trabalhar para concretizar as decisões dos filiados assentadas nas ANDs.

Conselho Regional do Sinal-SP

SINAL – Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central

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