HOJE, DIA INTERNACIONAL DA MULHER
HOJE, DIA INTERNACIONAL DA MULHER |
A luta das mulheres é um processo contínuo. Difícil de dizer o seu início. A escolha do dia para uma reflexão mais dedicada à mulher é por todos bastante conhecida. Remete-se comumente a um incêndio, em 25 de março, em fábrica têxtil dos Estados Unidos, durante um movimento grevista conduzido por mulheres socialistas. Antes desse fato, já havia, desde o século XIX, muita mobilização das mulheres na Europa por melhores condições de vida e trabalho.
O dia 8 de março refere-se ao dia em que 90 mil operárias da Rússia manifestaram-se contra as políticas do Czar, em 1917, no ato conhecido como Pão e Paz. Sete meses depois, eclodiria a Revolução Bolchevique. A primeira referência a um dia Internacional da Mulher, sem especificação de data, deu-se na II Conferência Internacional da Mulher Socialista, em 1910. A oficialização da data deu-se em 1921, na Conferência Internacional das Mulheres Comunistas; a ONU reconheceu o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher, em 1977.
No Brasil, as lutas das mulheres têm uma trajetória vinculada aos grandes períodos e temas de nossa vida política. Destacam-se as bandeiras, desde os anarquistas, no início do século XX, entre as quais a de que a vida entre homem e mulher seria pautada pelo amor e não por convenções sociais; a luta pelo direito de voto, na década de 1920 e no início dos anos 30; na eclosão dos movimentos sociais, especialmente a partir do final dos anos de 1970, com ênfase à campanha pela constituinte, numa ampla pauta de reivindicações.
Interessante notar que, de todas as facetas sociais e de gênero, tenha sido escolhida a da manifestação política, como o marco para especificar o dia internacional da mulher. Talvez tal escolha reflita a época; talvez por ser a questão mais valiosa, em qualquer tempo. Talvez por mostrar uma situação coletiva e universal. Talvez, ainda, por ser possível dela extrair normas de conduta social e econômica que materializem a conquista de direitos.
8 de março é um dia ótimo, sem dúvida, para se pensar as relações dos diferentes atores sociais com a mulher. São sempre lembrados o marido, o chefe, o patrão, o colega de trabalho, o filho, o político. Nessas relações, em que estão em pauta as relações humanas e sociais é de se esperar uma construção do mundo que torne mais frequente os momentos de uma vida melhor.
E mais. Sempre cabe ver o dia da mulher por diversos ângulos, inclusive os de muita imaginação, rosa e poesia, mas o dia sugere mesmo o chamamento a todas as mulheres para fazerem um balanço de sua trajetória e redescobrirem ainda mais o mundo da participação política e, dentro dessa, a participação sindical, valorizando, ainda mais, as mulheres do Banco Central.
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