BOCA LIVRE – Ideia, crítica & debate – nº 3, de 28.4.2010
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EDITORIAL Eleição direta para a Presidência do Sinal é o tema desta edição do Boca Livre. O assunto, novamente citado no boletim Apito Brasil nº 49, de 23/4/10, vem sendo colocado desde a XXI Assembleia Nacional Deliberativa do Sinal – AND, realizada em Jaboticatubas (MG), em agosto/2006. Na XXIII AND, realizada em São Paulo (SP), em março/2009, solicitou-se ao Conselho Nacional que promova amplo debate com os filiados em relação ao sistema eletivo nacional do Sindicato, com a realização de plebiscito ao final, para definir a escolha da forma de eleição nacional. Os autores do texto em questão são membros do Conselho Regional do Sinal-SP: Idalvo Cavalcanti Toscano [DESUC/GTSP2/COSUP], Coordenador de Estudos Técnicos; e Ricardo Lopes Pinto [ADSPA/ADSPA/COMAT], Diretor de Assuntos do Trabalho no BC. Boa leitura! |
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Eleição Direta para a Presidência do SINAL: necessária, desejável e benigna. Consideramos fundamental que o SINAL realize eleições diretas para sua Presidência, já para a próxima gestão. Entendemos ser esta a forma mais democrática, não só de escolha daquele que presidirá a entidade classista da categoria ao longo de dois anos, mas, sobretudo, por permitir que os filiados optem por um programa onde as ações do sindicato, para o mandato, estejam suficientemente explicitadas. Esse já é o caminho trilhado pela grande maioria dos sindicatos. É hora de mudança! É imprescindível que o dirigente eleito e os filiados estabeleçam uma relação não somente fundada em programa, princípios e propostas de trabalho, mas, também, forjada no compromisso "olho no olho". Ninguém melhor que o filiado para avaliar discursos e julgar a adequação deles aos seus anseios. É uma forma de estimular a desejável aproximação entre categoria e dirigentes, de criar um projeto coletivo para o sindicato no qual o filiado terá maior poder de pressão. Nesse sentido, a eleição direta do Presidente do SINAL faz-se inadiável. Urge, pois, que seja feita uma reforma no estatuto do SINAL introduzindo o sufrágio direto para escolha da pessoa que desempenhará essa importante função. Contudo, entendemos que não basta apenas alterar a forma de escolha do Presidente do SINAL: é indispensável garantir que tal mudança não introduza ameaça ao indiscutivelmente benéfico compartilhamento de poder entre o Presidente do SINAL e os representantes dos filiados na Sede e nas Regionais do Banco, via Conselho Nacional do SINAL. Não se deve permitir que tal equilíbrio seja rompido, sob pena de se criar território fértil para eventual atuação personalista nefasta: o SINAL não pode, em hipótese alguma, ficar sujeito a arroubos autoritários, omissões, caprichos, voluntarismos ou ao arbítrio; tampouco, ficar refém de "currais eleitorais" ou "ideias bairristas". A escolha do Presidente não deverá se encontrar vinculada à escolha dos Conselheiros em todas as suas instâncias; com isso se garante a representatividade das diversas propostas políticas em curso e o exercício da convivência democrática. Em suma, somos favoráveis às eleições diretas para a Presidência do SINAL. Mas consideramos que é indispensável que tal mecanismo seja adotado em conjunto com outras mudanças que desfavoreçam o caudilhismo e a disfuncionalidade: precisamos valorizar e preservar o papel do Conselho Nacional no SINAL. É esta proposta que colocamos ao debate da categoria. Ricardo Lopes Pinto Idalvo Cavalcanti Toscano |
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PALAVRAS FINAIS Você tem algo a acrescentar ou uma opinião diferente sobre o assunto? Você gostaria de escrever sobre outro tema? Sua opinião é valiosa e poderá ser publicada em próximo boletim. Os textos para o BOCA LIVRE deverão ser encaminhados para o email sinalsp@sinal.org.br, com o nome completo do autor, matrícula e telefone(s) para contato. |
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