CAMPANHA SALARIAL – RESUMO DA REUNIÃO NO SRH
Para conhecimento dos Srs. Filiados, transcrevemos mensagem postada na Macro do Sinal pelo Diretor Iso Sendacz, presente na reunião de ontem, em Brasília, juntamente com Belsito.
Em reunião das mais concorridas até então, a bancada sindical esteve com o Duvanier e a Marcela na SRH para ouvir a proposta de política salarial do governo. Pelo Sinal, eu e Belsito. Como pauta, falou-se primeiro das Oficinas, que relatarei na próxima nota, e depois das questões econômicas.
Duvanier abriu a discussão reiterando que era preciso colocar na mesa o conjunto das demandas e sobre ela estabelecer o debate sobre a política salarial.
De pronto, a bancada sindical, pela voz da CSP Conlutas, reiterou o pedido de reajuste emergencial de 14,17% (IPCA + PIB), sem prejuízo das pautas específicas.
Na sequência, Duvanier expôs no projetor um resumo das demandas individuais recebidas, com valor mínimo e máximo por categoria, o número de servidores envolvidos e o impacto financeiro total – de R$ 19 bilhões. Ele ressaltou que como pode haver mais alguns pedidos, melhor seria considerar R$ 20 ou 21 bilhões.
Tanto a Receita como a Polícia Federal e a Advocacia pediram, sem apresentar tabela, equiparação com os Magistrados.
Para estabelecer mais claramente os números sobre a mesa, Pedro Armengol, da Condsef e Cut, estabeleceu a ordem de R$ 20 bilhões para o reajuste emergencial e R$ 30 bi para os realinhamentos (20 dos novos pedidos + 10 dos pedidos pendentes).
Apenas como elemento de consciência, o pedido da Condsef para cargos de nível superior da administração direta é, com um reajuste da ordem de 60%, algo parecido com a nossa tabela atual de técnico.
Prosseguindo, Duvanier apresentou um caderno contendo um registro das negociações havidas no governo Lula, como evidência de um crescimento real em muitas categorias. Mostrou exemplos: Agências, 150 a 300%; AGU 100 a 180%; Fiscal da RF, 75%; Bacen 50 a 174%; Universidades 80 a 175%; tudo isso descontado uma inflação de 57% em 8 anos. Eram exemplos para embasar a tese de que não houve perda, ao contrário, houve recuperação para muitos, mas não para todos. Mais adiante traduziu isso para dizer que a perda não era linear entre as carreiras.
Após um ligeiro bate-boca entre Duvanier e Barela, da Conlutas, o secretário foi chamado ao ponto para apresentar sua proposta.
Respondeu sintetizando os seguintes pontos:
a) a reunião foi importante para que todos conhecessem o conjunto do problema;
b) pediu reconhecimento pelos avanços obtidos no governo Lula;
c) lembrou que o impacto orçamentário total da politica salarial do segundo mandato do governo anterior foi de R$ 38 bi, distribuídos em 3 anos;
d) disse que, embora não visse contradições fundamentais entre a pauta geral e as específicas, precisaria harmonizar o conjunto das propostas, visto que a perda não era linear;
e) informou não haver recursos para suportar o impacto total de R$ 50 bi (aos quais se somam cerca de 10 dos outros poderes);
f) marcou para 15.7, às 15 horas, nova reunião para apresentar a proposta.
Nas despedidas, notamos uma fila de sindicatos junta à diretora Marcela, desconfio que para marcar audiências individuais.
No final cumprimentamos o secretário, ao lado do Maranhão, lembrando que nosso último aumento foi em 2008 e de lá para cá já foi corroído por 19% de inflação acumulada. Maranhão perguntou sobre o encaminhamento do memorial dos técnicos, Duvanier disse que estava se esforçando. Foi dito na ocasião de que tudo o que for acordado entre as partes será encaminhado ao Congresso, destacando que o memorial de modernização da carreira de especialista é um acordo firmado entre as partes.