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EDITORIAL

O texto de hoje expressa a opinião do Comando de Mobilização Regional, constituído a partir da Assembleia Geral Nacional (AGN), de 4/9/12, realizada em São Paulo, sobre questões ligadas à prática democrática na tomada de decisões de interesse coletivo da nossa categoria, pela via sindical.

Boa leitura!

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PRÁTICAS DEMOCRÁTICAS

A Campanha Salarial de 2012 teve início em fevereiro com a entrega formal da pauta de reivindicações da categoria. Entre outras demandas, defendíamos a necessária recomposição dos salários.

No curso das “negociações” com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), o SINAL e as demais entidades representativas de servidores públicos federais foram informados de que, em 2012, o Governo iria privilegiar somente as categorias que não haviam sido contempladas em 2007/2008. Assim, em 2013, as Carreiras de Estado teriam reajuste ZERO.

Somente em 18/8/12, em um sábado, foi apresentada uma “proposta” de reajuste escalonada, de 5%, para os próximos 3 anos.

A “proposta” foi, como sempre, democraticamente submetida à manifestação da categoria, que, reunida em AGN, no dia 28/8/12, considerou-a insuficiente e decidiu expressiva e inequivocamente pela sua rejeição (aceitação: 575; rejeição: 1.024 e abstenção: 27).

Salientamos que nunca houve, da parte do governo, espírito de negociação, mas uma inadmissível tentativa de imposição “goela abaixo”.

Surge, agora, um movimento arrivista com o fito de derrocar a decisão soberana da categoria.

É legitimo o recurso de os filiados apresentarem pleitos ao Sinal mediante documento subscrito (abaixo-assinado), nas condições especificadas no Estatuto do Sinal (Capítulo II – Art. 10).

Todavia, na forma como vem sendo conduzido o processo em nosso meio, este movimento se nos afigura divisionista, elitista e desmobilizador da categoria. Ao se apresentar como uma espécie de “tábua de salvação”, o movimento atropela decisões construídas nas assembleias.

Nosso entendimento é diametralmente diferente: somente com mobilização que dê visibilidade à nossa insatisfação com o atual estado de coisas, será possível alcançarmos os resultados almejados.

Participar das mobilizações coletivas, fortalecendo a luta da categoria, contribuir para o saudável debate público das ideias e propostas, é o que se espera de uma democracia sindical.

A dignidade dos servidores do Banco Central – técnicos, procuradores e analistas – não pode ser vilipendiada.

O compromisso democrático do Sinal deve permanecer inabalável: acatar e defender as decisões tomadas, em assembleia, pela categoria.

São Paulo (SP), 21/9/12

Comando de Mobilização Regional

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PALAVRAS FINAIS

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