Edição 140 – 20/9/2016

Servidor público: funcionário de Estado, a serviço da sociedade


No atual cenário político brasileiro, como em tantas outras ocasiões, o servidor público foi eleito o culpado por todas as mazelas que assolam nossa nação.

Os ataques ao servidor, absolutamente descabidos, vêm de todos os lados e demonstram a total incapacidade de nossos políticos, no governo ou na oposição, em querer tratar os verdadeiros problemas impeditivos de o Brasil voltar a trilhar os caminhos do crescimento, com responsabilidade social e transparência de gestão.

O governo remete ao Congresso Nacional projetos de lei, medidas provisórias, propostas de emendas constitucionais que têm como objeto central o congelamento das despesas com os salários dos servidores, assim como a interrupção das progressões e promoções na carreira. A suspensão de novos concursos públicos, os planos de demissão voluntária e até mesmo a demissão de servidores estáveis estão ou já estiveram entre as medicações indicadas para os males de uma economia mal gerida.

Na esteira desses projetos que prometem a recuperação do país, reformas como a trabalhista e a previdenciária são anunciadas como indispensáveis para o nosso futuro e, mais uma vez, o foco são os cortes nos direitos, arduamente conquistados pelos servidores públicos.

Personalidades públicas, ainda sob os holofotes que os altos cargos exercidos lhes proporcionam e até mesmo aquelas que já caminham por debaixo do manto da obscuridade, julgam-se no direito de usar os servidores públicos como o objeto de suas críticas, lançando uma cortina de fumaça diante da incapacidade de dar explicações claras à sociedade brasileira sobre a enxurrada de acusações a que são submetidas.

A grande mídia, na ânsia de agradar o poder, seja ele qual for, e certos anunciantes, publica a cantilena tantas vezes empregada de usar os salários dos servidores para comparações esdrúxulas e sem sentido com os dos trabalhadores da iniciativa privada, ou para usar a falácia de um déficit previdenciário onde a conta das desonerações concedidas às grandes empresas ou as verbas milionárias desviadas para outras rubricas do orçamento por meio das Desvinculações de Receitas da União (DRU) são meros detalhes a ficarem esquecidos.

Os servidores do Banco Central do Brasil não têm motivos para se sentirem atingidos por nenhuma dessas críticas infundadas, pois temos cumprido com nosso dever, há mais de 50 anos, com alto grau de profissionalismo e competência, reconhecidos nacional e internacionalmente, e, principalmente, com ética e lisura inatacáveis, no trato do bem público.

Mais do que nunca, porém, é preciso que nós servidores públicos nos façamos respeitar, pois somos o elo humano que faz com que a engrenagem desta nação continue funcionando, a despeito de tudo e de todos, pois não trabalhamos para governos e sim para o Estado brasileiro e para o bem da sociedade, cada vez mais esquecida e deixada de lado nos projetos mirabolantes de poder que norteiam aqueles que nos criticam.

Os servidores públicos, federais, estaduais ou municipais, do Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário e dos Ministérios Públicos são os propulsores do Brasil e não podem ser esculachados por quem quer que seja, pois já provamos em muitas oportunidades o nosso valor à sociedade brasileira.

Precisamos, cada vez mais, aprimorar nossa organização, nos unirmos em torno do que nos agrega e, mobilizados, darmos a resposta adequada a essas forças do atraso que ousam nos atacar.

Temos que resgatar o nosso orgulho de ser servidor público, rebater a todas as críticas infundadas a nós dirigidas, enfrentar de cabeça erguida os que querem usurpar nossos direitos e continuar a prestar nossos serviços da melhor forma possível a quem merece o nosso maior respeito: o povo brasileiro!

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