Crescimento deste ano pode chegar a 0,7% ou 0,8%. Projeção deve ser anunciada amanhã por Ilan Goldfajn
A perspectiva do governo e do mercado financeiro é de que o Banco Central (BC) aumente a projeção de crescimento da economia brasileira nesta quinta-feira, quando divulgará o Relatório Trimestral de Inflação. A expectativa é de que a autoridade monetária eleve a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano de 0,5% para 0,7% ou 0,8%. Os mais otimistas acreditam que a estimativa poderá ser ainda maior, de 1%.
A confiança se deve, principalmente, ao comportamento do consumo das famílias, que representa 60% do PIB. No último relatório, a previsão do BC era de que houvesse variação zero neste ano, mas, de acordo com dados divulgados no início deste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o segmento registrou alta de 1,4% no segundo trimestre, sendo o principal responsável pelo crescimento de 0,2% do PIBno período.
Ontem, durante encontro com investidores em Nova York, nos Estados Unidos, o presidente do Banco Central(BC), Ilan Goldfajn, afirmou que o aumento no poder de consumo da população tem sido determinante para a retomada da atividade. Na reunião, Ilan destacou que o Brasil está passando por um período de ‘desinflação e recuperação econômica’ e que o cenário é resultado das medidas tomadas pelo governo e da flexibilização da política monetária. ‘As reformas e os ajustes são essenciais para sustentar a redução da inflação e a recuperação da economia’, disse.
O presidente do BC enfatizou que considera apropriada a desaceleração no ritmo de corte da Taxa Básica de Juros, a Selic, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para o fim de outubro. A expectativa do mercado é que a taxa seja reduzida em 0,75 ponto percentual, após três cortes consecutivos de um ponto.
Fonte: Correio Braziliense