PASBC: Saindo “fora da caixa”
No apito anterior conhecemos um pouco do modelo de gestão do hospital Sírio e Libanês, que administra o plano de saúde de seus funcionários e dependentes (cerca de 12 mil pessoas) e conciliando atendimento primário com o antigo médico de família, que possui o histórico dos pacientes, conseguiu reduzir em 27% os seus custos no ano passado.
A discussão sobre os problemas do nosso programa não é recente, pelo contrário, mas a principal dificuldade não é técnica e sim política, no sentido de implementar uma administração que não se ocupe apenas em carimbar notas médicas apresentadas ao PASBC, mas que passe a trabalhar num modelo ativo de gestão.
Dentre as sugestões do grupo do Rio nós destacamos:
- Campanhas educacionais
- Inclusão do profissional especialista em Medicina de Família nos ambulatórios e na rede credenciada do PASBC a fim de aumentar a resolutividade e o cuidado na atenção básica aos beneficiários, racionalizar despesas e criar vínculos. O profissional no ambulatório ficaria ainda encarregado em conhecer a rede credenciada do PASBC e dar indicações de profissionais de acordo com a necessidade do beneficiário. Isso implicaria redução no número de consultas desnecessárias dos beneficiários.
- Propor parcerias com prestadores, através de melhoria na remuneração paga, objetivando atendimento diferenciado.
- Financiamento parcial dos exames periódicos anual para os demais beneficiários do PASBC por meio dos recursos não utilizados pelos servidores da ativa.
A medicina preventiva é sinônima de qualidade de vida no sentido de termos diagnósticos precoces, redução de riscos e acidentes e maior proteção aos idosos para um envelhecimento saudável.
Como se pode notar, não é uma questão de saber o que fazer e sim da vontade em querer fazê-lo!
Estas propostas estão “mofando” nas gavetas dos nossos gestores que só parecem ter tempo para analisar custos financeiros a serem distribuídos entre os servidores, tais como o da implantação de um “gatilho” nas contribuições dos servidores.
Como uma instituição que se arvora em fazer um Departamento de educação financeira se nega a gerir de forma moderna o seu próprio programa de saúde. O PASBC sempre foi um grande atrativo para profissionais que prestam concurso para a nossa instituição. Nos tempos presentes e vindouros a sua manutenção terá ainda mais importância. Se permitirmos a sua inviabilidade, estaremos sendo coniventes com aqueles que procuram jogar o Banco Central na vala comum de um serviço público desmotivado e indiferente ao futuro da nação.
No próximo apito da série passaremos a acompanhar mais de perto o grupo de trabalho do DEPES.
TODO APOIO AO GRUPO DO RIO E AOS NOSSOS REPRESENTANTES!