Edição 57 – 29/03/2018

Autonomia e reestruturação da carreira de Especialista do BC


Os projetos de autonomia do Banco Central do Brasil e o da reestruturação da carreira de Especialista, embora distintos em sua concepção, comungam de objetivos comuns: a valorização da instituição e de seu corpo funcional, já reconhecidos pelos relevantes serviços que prestam à nação e à sociedade brasileira.

A autonomia do Banco Central, propósito de diversos projetos adormecidos no Congresso Nacional, volta à baila dentro de um cenário favorável à sua discussão. Muitos são os parlamentares que procuram interagir com as autoridades econômicas, especialmente as do próprio BC, com vistas a ter participação ativa no processo de sua construção.

Porém, mesmo sem uma apresentação oficial, depreende-se, do que já se conhece sobre as iniciativas do projeto que vem sendo elaborado, que existem pontos discordantes com diretrizes do Sinal, aprovadas em suas instâncias deliberativas, que serão objeto de discussões futuras. A dupla missão do Banco Central – assegurar a estabilidade monetária e financeira e, também, promover o desenvolvimento econômico – e os mandatos dos diretores coincidentes com o do Presidente da República são temas que exemplificam futuras negociações parlamentares.

Da mesma forma, o projeto de reestruturação da carreira de Especialista, que ainda se encontra em análise no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP), pelo que se sabe, traz pontos que se contrapõem às decisões do sindicato e dos servidores, como, por exemplo, a nova denominação do cargo de Analista.

Paralelamente a esses projetos, o Executivo ainda trabalha no famigerado “carreirão” que reduz a R$5.000 o salário inicial para todas as carreiras que o comporão, inclusive a do Banco Central, e aumenta para 30 níveis o acesso ao topo da carreira, que, além de todas as mazelas previsíveis, manteria o já materializado desequilíbrio entre nossos vencimentos e os das demais categorias típicas de Estado.

Acompanhe as informações e fique atento às orientações e convocações, nacionais e regionais, do Sinal, porque se o momento é de reflexão, também o é de ação, pois não podemos perder o momento correto para fazer valer nossas justas reivindicações.

Juntos somos fortes e poderemos dar os primeiros passos para a construção do Banco Central do Brasil que sonhamos.

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