E o Campos Neto?

Veículos da grande imprensa noticiaram amplamente nesta terça-feira, 14 de dezembro, a atuação do ministro da Justiça, Anderson Torres, em defesa de um reajuste para os policiais em 2022. Segundo as publicações, a demanda foi tema de ofício apresentado ao ministro da Economia, Paulo Guedes, no qual Torres solicitou a disponibilização dos recursos necessários na Lei Orçamentária para o próximo ano.

O expediente não é novo. Já foi utilizado em outras oportunidades por outros órgãos do governo, como a Secretaria da Receita Federal. No entanto, a prática de endosso ao pleito dos servidores parece não encontrar terreno propício no Banco Central do Brasil. Vale sempre recordar que, ao ser questionado a respeito do assunto, durante evento virtual no fim de novembro, o presidente da Autarquia, Roberto Campos Neto, se limitou a apontar empecilhos em vez de caminhos e propostas para a efetivação de um reajuste aos servidores do BC. Por vezes, o chefe da Autoridade Monetária até mesmo se esquivou de encontros com representantes do Sinal para tratar da reposição das perdas salariais.

A pergunta que fica é: O presidente Campos Neto já apresentou ou pretende apresentar demanda semelhante à do ministro da Justiça, em benefício dos servidores do Banco Central, à equipe econômica do governo?

Em um momento de dificuldades, o apoio e o envolvimento da Diretoria do órgão se faz ainda mais importante para que possamos avançar. Tudo depende apenas de boa vontade e do reconhecimento a quem constrói um BC forte e respeitado internacionalmente.