O presidente regional do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central do Rio de Janeiro (Sinal-RJ), Sergio Belsito, criticou a falta de diálogo do Governo Federal e da Diretoria do Banco Central com os Servidores do Banco, destacou que as perdas salariais da Categoria já acumulam 37% nos últimos anos e lamentou a falta de isonomia da gestão Bolsonaro.

Durante a entrevista, Belsito ressaltou que não há explicação plausível, exceto a motivação eleitoral, para a escolha de reajustar Carreiras da Área de Segurança em detrimento das demais.

Relatou que a insatisfação é generalizada entre os Servidores, com a população cada vez mais desassistida pelo desmonte do Serviço Público.

Ele lembrou que quando da implementação da lei que concedeu a Autonomia do Banco Central foi argumentado pela Diretoria da Autarquia que esta aprovação possibilitaria a instalação de um novo Plano de Cargos e Salários para a Categoria, o que resolveria muitos dos problemas de recursos humanos, mas isto não está acontecendo.

Os projetos do BACEN continuam sendo tocados com excelência por cada vez menos Servidores e em condições cada vez mais degradadas, sem que haja a contrapartida da Instituição.

“Só ‘tapinha nas costas’ não pagam as dívidas dos Servidores”, afirmou.

Observou que, pelo contrário, estamos pagando uma Contribuição bem maior para o nosso Plano de Saúde e vendo a qualidade do seu atendimento cair.

Outra demanda é a tentativa de acordos para o pagamento de ações judiciais antigas que já podiam ter sido resolvidas há mais de 20 anos e que o BACEN nada faz, se escorando na morosidade da Justiça.

Questionado sobre a possibilidade de adesão à greve geral preconizada pelo FONASEFE (Fórum Nacional dos Servidores Federais), Belsito informou que, na falta de respostas às suas demandas, o Sindicato inevitavelmente irá participar das discussões neste caminho.

O locutor então perguntou se uma greve do Banco Central poderá impactar a população.

O principal efeito, ponderou Belsito, é o prejuízo de imagem para os investidores por falta de segurança e garantia para o mercado financeiro operar, com possíveis efeitos no câmbio e na distribuição de numerário.

Indagado também se avaliava que a PEC 32, da Reforma Administrativa, já teria sido enterrada, Belsito considerou que ela ainda não foi sepultada de vez, pois há um período muito perigoso de pós-eleição em que ela pode ser colocada de novo em votação, mas se mostrou confiante que mesmo se for este o caso, os Servidores irão conseguir barrá-la novamente.

Participe da Paralisação Virtual do dia 18, das 10h às 12h!!!