Indicado para diretoria de Fiscalização, Ailton Aquino é funcionário do BC há 25 anos; deve ser 1º negro a ser diretor
O funcionário público Ailton Aquino defendeu nesta 3ª feira (4.jul.2023) a valorização dos funcionários do BC (Banco Central). Indicado para a diretoria de Fiscalização, Aquino trabalha na autarquia há mais de 25 anos e defendeu que o BC se mantenha como supervisor do setor bancário.
“Supervisão bancária de qualidade exige recursos materiais, mas principalmente recursos humanos, ou seja, servidores altamente capacitados. E isso implica recursos orçamentários e financeiros“, disse. “Nos últimos 10 anos, infelizmente, o Banco Central e especialmente a área de fiscalização do sistema financeiro, vem sofrendo um processo de encolhimento.”
Aquino citou a redução no número de funcionários do BC e “assimetrias” no salário na autarquia comparado a outros órgãos públicos. “Impraticável manter excelência sem recursos humanos em número, grau, expertise e níveis remuneratórios compatíveis com as responsabilidades alocadas à autarquia“, disse o indicado à autoridade monetária.
O Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) tem criticado o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, de Esther Dweck. O sindicato declarou que não houve avanços nos pleitos da categoria em relação à reestruturação no BC. Criticam que os funcionários públicos da Receita Federal tiveram a regulamentação do bônus de eficiência.
Aquino e o economista Gabriel Galípolo foram indicados para as diretorias de Fiscalização e de Política Monetária do BC, respectivamente, e estão sendo sabatinados pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos).
“Sinto-me de fato muito honrado por aqui estar. Emociono-me especialmente por lembrar que para chegar a condição de indicado a um cargo tão relevante foram muitos obstáculos e desafios que um garoto negro de família pobre do interior da Bahia teve que superar”, disse Aquino em sua fala inicial na sabatina.
Se assumir o posto de diretor, Aquino será o 1º homem negro a integrar a cúpula do Banco Central.
Fonte: Poder 360