A categoria reivindica a criação de bônus de produtividade semelhante ao que foi regulamentado para a Receita Federal
O diretor de relacionamento, cidadania e supervisão de conduta do Banco Central (BC), Maurício Moura, defendeu há pouco a acomodação dos servidores da autarquia no chat ao vivo da “LiveBC”, transmissão semanal da autoridade no Youtube. A categoria reivindica a criação de bônus de produtividade semelhante ao que foi regulamentado para a Receita Federal.
Segundo ele, o movimento “trata de defender a carreira do BC” para que possa “entregar cada vez mais valor para a sociedade”. “As atribuições do BC têm aceitado e muitas entregas têm sido feitas para a sociedade, como o Pix, o sistema valores a receber (SVR), o ‘Aprender Valor’ e tantas outras coisas que foram entregues pelo BC e desenvolvidas pelos funcionários”, disse na “ao vivo”.
No chat ao vivo do Youtube, os servidores da autarquia fizeram uma manifestação com as hashtags #valorizaBC #RPBCJá. RPBC é uma sigla para retribuição por produtividade do BC.
“Para continuarmos desenvolvendo esses produtos e serviços, e ainda muito mais, precisamos de pessoas excelentes e motivadas aqui dentro. Se a gente perde nossos talentos para outras carreiras dos serviços públicos por conta de assimetria [entre carreiras] ou se não atrairmos esse tipo de pessoa nos próximos concursos, a produtividade do BC vai cair, vai ser prejudicada, quem vai perder no final é o cidadão”, afirmou.
“Valorizar os servidores do BC é manter a atratividade da carreira e reter pessoas capazes de dar um retorno cada vez maior para a sociedade”, complementa. Moura falou na terceira edição da live semanal do BC, que será feita às segundas-feiras, sempre às 14h, com duração de 30 minutos. O tema, desta vez, foi golpes e fraudes no sistema financeiro.
Na última sexta-feira, entidades que representam os servidores se reuniram com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, sobre a mobilização. Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), “houve uma troca geral de impressões de todas as partes”.
“Nenhuma novidade: as recentes reuniões com o MGI [Ministério da Gestão e Inovação] foram muito ruins e o momento, portanto, exige a expansão de exercícios da nossa parte. Reforçarmos que o clima organizacional está péssimo no BC e que a tendência é de crescimento da mobilização”, disse o sindicato.
A entidade pediu a Campos “esforço máximo” para uma reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com o secretário-executivo, Gabriel Galípolo, que foi indicado para a diretoria de política econômica do BC, e com o ministro da Casa Civil, Rui Costa. “RCN [Roberto Campos Neto] não se opôs. Vamos aguardar o que será feito nos últimos dias”, conto.
A categoria ansiosa, na semana passada, paralisações parciais para amanhã e para a quinta-feira.
Fonte: Valor econômico