O Sinal-BC (Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central) declarou nesta 5ª feira (8.fev.2024) que irá “radicalizar suas ações” de greve e interrupção de serviços depois de uma reunião com o Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos.
De acordo com a classe, a proposta apresentada pelo governo federal “não atende às reivindicações da categoria” e é “insatisfatória”.
publicidadeA 1ª paralisação do tipo em 2024 foi realizada em 11 de janeiro e marcou o crescimento de uma insatisfação de longa data dos funcionários com seus salários, benefícios e com as carreiras na autarquia.
Na ocasião, o sindicato reclamava de “concessões assimétricas” concedidas pelo Executivo a outras categorias, em referência a aumentos aprovados para a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.
Os funcionários pedem a exigência de nível superior para o cargo de técnico, a mudança do nome do cargo de “analista” para “auditor” e a criação de uma retribuição por produtividade.
Na contraproposta apresentada, o governo sugere um reajuste salarial de 13%, parcelado para os anos de 2025 e 2026. O valor foi considerado “insuficiente” pelo sindicato.
“A categoria decidiu continuar com a operação padrão, atrasando serviços como a divulgação do Boletim Focus, e intensificará suas ações. […] A comissão sindical irá radicalizar suas ações, mesmo que uma nova reunião marcada com o governo já esteja agendada”, declarou a organização, em nota.
Um novo encontro entre as partes envolvidas está marcado para 21 de fevereiro. Até lá, uma greve de 24 horas está agendada para 20 de fevereiro, um dia antes da reunião com o governo.
“Para o BC, só existiu enrolação”, declarou a categoria em dezembro de 2023.
Desde então, a publicação de relatórios como o Boletim Focus também passa por atrasos. O levantamento é divulgado semanalmente pelo BC na 2ª feira e aborda estimativas do mercado sobre o crescimento do país. Com as paralisações, porém, os dias de publicação dos dados passaram a variar.
Fonte: poder 360