Edição 307 - 07.08.2024

“SE O BC PERDER A AUTONOMIA, A CULPA SERÁ DE CAMPOS NETO”

PEC-65: RUIM PARA O SERVIDOR DO BC,
PIOR PARA O BRASIL!

 

“UMA EVENTUAL PERDA DA AUTONOMIA DO BANCO CENTRAL SERÁ CULPA EXCLUSIVA DO PRESIDENTE DO BANCO, ROBERTO CAMPOS NETO”.

 

A afirmação acima foi feita recentemente pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Josué Gomes da Silva.

De acordo com ele, foi o próprio presidente do BC que pediu para ser criticado quando foi votar com a camiseta amarela, cor que representava a campanha do ex-presidente Jair Bolsonaro à reeleição em 2022.

“Ele politiza quando aceita ser homenageado (por adversários do governo) estando ainda no cargo de presidente do BC”, disse Josué, referindo-se ao jantar oferecido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em homenagem a Campos Neto, no Palácio dos Bandeirantes.

Ainda de acordo com o presidente da FIESP, Roberto Campos Neto politiza a atuação do BC quando vai a eventos no exterior e sinaliza que vai aumentar a taxa de juros, “desmontando” o forward guidance (indicação dos passos futuros da política monetária) de forma intempestiva, sem combinar com os demais diretores do Banco, a ponto de surpreender um desses executivos, que estava a seu lado.

Para Josué, Lula também “politiza” as questões relacionadas à política monetária quando faz críticas públicas a Campos Neto.

As declarações do Presidente da FIESP foram feitas ao jornal “O Estado de São Paulo” de 31.7.2024.

A diferença essencial nessa discussão Lula X RCN é que Lula tem um mandato político concedido nas urnas na última eleição presidencial.

RCN, não.

Qualquer pessoa pode discordar dos pontos de vista de Lula, mas não pode censurá-lo por fazê-lo.

Ele foi eleito para isso.

Já RCN atua politicamente de forma aberta e desabrida se escondendo em um mandato que deveria ser estritamente técnico, mas cuja atuação política é transparente.

A ponto de, como publicou o Correio Brasiliense de 04.07.2024, “Bastou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, entrar em férias e o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, assumir seu lugar, interinamente, para o dólar despencar”.

Essa sintonia política RCN-oposição-mercado financeiro também gerou a PEC 65, outra obra política de RCN no intuito de entregar o Banco Central ao mercado financeiro com as bênçãos da oposição política ao atual Governo.

Mas tal PEC não passará, com a luta e o empenho dos servidores do Banco Central!

 

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