Edição 393 – 11.04.2025

O IMBROGLIO DO BANCO MASTER

PT quer punir Campos Neto na Comissão de Ética por norma que permitiu ao Banco Master omitir riscos

Representação, obtida pela Coluna do Estadão, é assinada pelo líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), e afirma que pode ter havido prática de improbidade administrativa; a Coluna tenta contato com Campos Neto e o espaço segue aberto.

Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central

Por Iander Porcella

Leia mais em: PT quer punir Campos Neto na Comissão de Ética por norma que permitiu ao Banco Master omitir riscos – Estadão

As chances de Lula jogar parado no Master

Presidente só ganha em se manter afastado do tema. A dúvida é se ele consegue

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido aconselhado a se manter a léguas de distância do banco Master.

Leia mais em: https://valor.globo.com/politica/coluna/as-chances-de-lula-jogar-parado-no-master.ghtml

“Banco Central cochilou na supervisão do Master”

ALVARO GRIBEL

– Banco Master é um problema de múltiplas dimensões e o Banco Central falhou em sua supervisão.

As incertezas sobre ele envolvem tanto os passivos (dívidas), com custos elevadíssimos, quanto os ativos (investimentos), que não demonstram solidez. *Na prática, o Master está desenquadrado dos índices de Basileia, o que o forçaria a receber forte injeção de capital, vender ativos ou sofrer intervenção do BC.

– Sob o lado dos passivos, o banco toma empréstimos pagando 140% do CDI e até mais. Era como se ele convidasse pessoas físicas para serem seus agiotas, recebendo juros altíssimos em troca. Quase uma completa inversão de papéis.

– Já sob o dos ativos, há fumaça por todo lado, mas uma só já seria suficiente para o banco ser motivo de forte diligência do BC.

Carregar R$8,5 bilhões em direitos creditórios, ativo que, sob a visão do próprio BC, tem ponderação de risco de 1.250%, é irresponsabilidade com quem emprestou dinheiro ao banco e com o próprio sistema financeiro.

Houve quem argumentasse que o BC não poderia recalcular o estoque de precatórios e direitos creditórios (espécie de préprecatório) do banco, porque seria injusto com ele, já que não teria feito nada ilegal.

– O problema do raciocínio é que ou um ativo é de alto risco ou ele não é. E o que o BC fez, ao estabelecer uma data de corte em junho de 2023, foi permitir ao banco esconder essa informação dos seus clientes, e com isso continuar pedalando para crescer em ritmo acelerado.

Como mostrou o Estadão, há pelo menos 5 fundos de pensão com cerca de R$1,1 bilhão investido no Master. Dinheiro de aposentados, mas sem garantia pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), já que o investimento foi feito em letras financeiras, que não entram no escopo de cobertura do fundo.

– À CNN Brasil, o economista- chefe do banco, Paulo Gala, disse que tudo se trata de uma briga setorial, que os grandes bancos estão incomodados com o crescimento “robusto” do Master e que eles querem manter a concentração do sistema bancário.

O sistema brasileiro é concentrado, sem dúvida, mas não é disso que se trata.

– A verdade é que o balanço do banco de 2024 foi turbinado por receitas atípicas, que se fossem recalculadas o levariam ao prejuízo líquido.

Tudo que envolve o banco causa estranheza: forte participação em empresas com problemas, variações dessas empresas na Bolsa, uso de fundos para dificultar análise dos ativos, entre outras práticas pouco ortodoxas.”

REPÓRTER ESPECIAL E COLUNISTA DO ESTADÃO EM BRASÍLIA

Leia mais em: Site: http://digital.estadao.com.br/o-estado-de-s-paulo

PEC-65: RUIM PARA O SERVIDOR DO BC,
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