Edição 442 – 14.08.2025

COMO AS DEMOCRACIAS MORREM?

Essa é a questão que Steven Levitsky e Daniel Ziblatt – dois conceituados professores de Harvard – respondem ao discutir o modo como a eleição de Donald Trump se tornou possível.

Trata-se de uma análise crua e perturbadora das ameaças às democracias em todo o mundo.
Como democracias tradicionais entram em colapso?
A primeira resposta é simples, elas não morrem, são “assassinadas”.
E os assassinos obedecem sempre a mesma trajetória: pequenas declarações para gerar desconfiança dos procedimentos eleitorais, um grande mal que precisa ser combatido, a negação das instituições de justiça, entre outros.
E isso justifica qualquer coisa, a começar por afrontar as instituições democráticas.
A banalização do autoritarismo é o fermento para a queda da democracia.
Em geral, políticos tradicionais são aliados nesse processo e quase sempre fazem isso sem sujar as mãos.
As redes sociais existem para isso.
Seu ódio é irradiado para que aquela parcela da sociedade que se encontra insatisfeita com os seus problemas do cotidiano “compre” o seu autoritarismo como um discurso legítimo.
É desta forma que a intolerância política é criada.
É importante que os cidadãos estejam sempre vigilantes quanto aos comportamentos antidemocráticos, o que exige preparo e letramento político da sociedade, mas que exige acima de tudo compromisso cívico de barrar os atentados que são cometidos cotidianamente por este tipo de pessoas.
O atentado contra os três poderes no dia 8 de janeiro foi um deles, as ameaças de Trump ao Brasil é outro.
E agora, de maneira inédita no nosso país, um grupo de deputados toma a mesa da Câmara Federal para ameaçar o seu presidente e “exigir” que suas vontades sejam cumpridas.
Quem quer “passar o pano” em mais esta “facada” na nossa democracia está contribuindo para a sua morte à vista de todos.
Os que acreditam que com isso terão um país melhor se iludem.
Quando gente deste tipo assume o poder autoritário, o único que lhes interessa, a primeira coisa que fazem é dispensar a “massa de manobra” para cuidar exclusivamente do que lhes interessa: os seus próprios interesses.
O resto é com o assessor de marketing.
E aí vai ser tarde demais, pois quando você não falou quando podia, não vai ser no regime deles que vai poder falar.


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