RELATO DA REUNIÃO ENTRE SINAL E DIRAD

O SINAL foi convidado na tarde de ontem, quarta-feira, para uma reunião com o Diretor Gustavo assim que terminasse a reunião do COPOM.
 
Ficamos aguardando o chamado no 2S, enquanto a imprensa chegava para ouvir a grande "novidade" que todos já esperavam: a redução de 0,25% na Selic.
 
Em seguida recebemos a informação de que o Diretor Gustavo reunira-se com os Chefes de Unidade momentos antes. 
 
Pelo Banco participaram da reunião inicialmente o Diretor Gustavo, Carolina, e Miriam. Logo depois chegaram os Chefes Marciano, Magela e Sérgio Lima.
 
O Sinal estava representado por David, Belsito, Calovi e Max.   
 
O Diretor Gustavo começou a reunião falando das diversas dificuldades desde terça-feira. Disse que se realizaram longas e diversas reuniões das áreas técnicas (Depes e MPOG/SRH) e que estava ali autorizado pelo Governo a dizer que será apresentada uma proposta para negociação, pois o governo reconhecia a situação de desequilíbrio salarial dos servidores do BC. O Secretário Sérgio Lima salientou que temos um patamar a ser atingido – mas não especificou se se tratava de um determinado percentual ou de uma tabela – mas o que faltava era a definição da forma e do calendário de atingimento do tal patamar.
 
Considerando as viagens programadas pelos responsáveis principais pela negociação – o Secretário de Recursos Humanos do MPOG estará em SP de amanhã até a próxima terça-feira e o Diretor Gustavo e o Pres. Meirelles estarão no exterior – o Diretor apresentou o seguinte calendário:
 
– 25/04 (quarta-feira), às 17h: reunião no MPOG, quando o Governo trará uma proposta concreta de recomposição salarial;
– 02/05 (quarta-feira), data para se chegar a um acordo e conclusão do processo.
 
Belsito pontuou que a experiência passada é ruim, e que não se pode pensar em nada para 2008.
 
Calovi, disse que o calendário é um avanço, mas que 25/04 era uma data muito distante.
 
Gustavo falou que continuar a greve até terça-feira era desnecessário, posto que haveria proposta.
 
David informou que divulgamos um indicativo com um calendário de mobilização, prevendo assembléias na terça-feira e greve por tempo indeterminado a partir da quarta-feira, caso não haja progresso. Portanto, seria melhor antecipar essa reunião para a terça-feira.

Gustavo alegou que nessa negociação é importante que as pessoas com poder de negociar estejam presentes, razão da indicação da quarta-feira.
 
Sérgio Lima pontuou que essa negociação tem uma dinâmica diferenciada, portanto é importante conceder um voto de confiança ao Governo.
 
Max pediu para que seja esclarecida a informação sobre possíveis divergências quanto a impacto orçamentário.
 
Gustavo explicou que os critérios de cálculo entre o BC e o MPOG eram diferentes, razão dos impactos desiguais.
 
David, dirigindo-se a Sérgio Lima, afirmou confiar na qualidade e no esforço do trabalho dos responsáveis pelo BC no processo, mas salientou que a experiência passada recomendava prudência e pragmatismo, pois no ultimo processo negocial vários prazos e compromissos foram descumpridos e tivemos que convocar  greve para cobrar isso. Referindo-se ao desejo manifesto de uma negociação rápida, propôs que se "queimem etapas" no processo, como a apresentação de propostas com valores rebaixados, e que se vá direto ao ponto, pois os referenciais de recomposição já eram conhecidos, o que simplificaria as coisas. Comentando as alegadas limitações orçamentárias, o Presidente do SINAL lembrou que a participação no orçamento é diretamente proporcional à pressão exercida pelo atores políticos e citou o exemplo das outras carreiras, quando a atuação firme dos titulares dos respectivos órgãos foi decisiva para um reajuste maior que o nosso.
 
Quase todos falaram e, perto do término, Calovi indagou, de forma objetiva e direta, se o Diretor Gustavo garantia que haveria proposta. A resposta foi afirmativa.