… e a greve continua, firme !
Como já se podia esperar, a primeira cartada do governo foi colocar na Mesa uma proposta divisionista.
No frigir dos ovos, entretanto, o aumento médio do funcionalismo seria da ordem de 5,5% (incluindo-se aí os novos valores das funções comissionadas), com boa parte dos servidores ganhando menos de três por cento.
O corpo funcional soube avaliar, em conjunto com os dirigentes sindicais, as armadilhas contidas na primeira cartada governamental.
Sim, porque haverá outras, visto ter a proposta inicial sido rejeitada na própria quinta-feira, 23, depois de reunião havida entre os representantes do funcionalismo no intervalo das negociações.
A força manifestada nas assembléias realizadas na sexta-feira passada deu a medida do pensamento coletivo que prevalece na atitude do funcionalismo do Banco Central de rejeição à proposta.
Foram assembléias fortes, emocionadas, indignadas, marcadas por presença e participação maciça do funcionalismo. O recado aos nossos representantes na Mesa foi dado: NÃO permitir qualquer divisionismo nas propostas a serem apresentadas pelo Banco.
Nossa Campanha, em 2005, se consolida na coesão cada vez mais intensa dos funcionários do BC. Certamente vêm da negociação vitoriosa de 2004 algumas lições, que, neste ano, favorecem a aglutinação dos múltiplos anseios do corpo funcional em uma só voz, em benefício de todos.
Vimos vivenciando, dia após outro, a negociação anual de nossos salários com um governo egresso da militância sindical. Entre avanços e recuos, vitórias e derrotas, só temos visto crescer a maturidade de uma postura coletiva, responsável pelos ganhos que já auferimos e que, certamente, também virão nesta Campanha.
Amanhã, às dez horas, teremos nova reunião da Mesa. O governo sabe que já recusamos, como insatisfatória, a primeira proposta.
O governo conhece sobejamente a nossa pauta, apresentada em dois de junho, e sabe agora, com a força do nosso movimento, que não nos vamos deixar levar por novas propostas divisionistas.
Continuemos firmes nos propósitos comuns ! Exercitemos, com o instituto da greve por melhores salários, uma cidadania de que este país está carente: é um direito que nos assiste.
Força, colegas ! Estamos todos juntos nessa empreitada !