Edição 94 - 16/09/2005

Agora é GREVE!

Ontem, em todas as regionais do BC no Brasil, o indicativo, proposto pelo SINAL, de greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira, foi aceito por ampla maioria do funcionalismo.

O governo, unilateralmente, postergou para 22 de setembro a data da reunião agendada com os representantes dos servidores. Justificou o adiamento com o anúncio de que os OITO ministros envolvidos na negociação salarial se reuniriam para definir seus parâmetros apenas na data de hoje, o que inviabilizaria o encontro na nossa Mesa Setorial.

O SINAL só tomou conhecimento da postergação do encontro porque seu Presidente Nacional ligou insistentemente para o MPOG. Nenhuma comunicação foi feita pelo governo, que desconsiderou completamente a categoria, seus representantes sindicais e os altos custos, para o Sindicato, de uma mobilização de seus conselheiros para Brasília.

Temos tido, e queremos em troca, seriedade e respeito com os interlocutores governamentais. Não foi o que tivemos ontem, daí o indicativo do SINAL para adotarmos a alternativa finalmente aprovada.

O instituto da greve, arma de defesa do trabalhador, é um limite grave: só chegamos a ele quando todas as alternativas já foram usadas.

Temos dois motivos e um objetivo, indicando-a neste momento. Os primeiros são: 1) o descaso, a ausência da mínima consideração por parte do governo, que de seu pedestal não se deu o trabalho sequer de avisar sobre o impedimento ocorrido e 2) a certeza, por parte do CN, de que o governo atrasa deliberadamente a negociação e de que sem greve forte não sairá do lugar.

O segundo é a exigência de uma resposta: o detalhamento da proposta já apresentada, assim como uma definição dos outros ítens da nossa pauta.

A greve, não por si e em si, se faz com o objetivo de arrancar do governo respeito e respostas que nos são devidos. Negociação salarial é parte intrínseca das relações institucionais. Não estamos pedindo favor nem agindo contra a ordem.

Portanto, colega, fique firme conosco !
Está sendo posta à prova a dignidade funcional dos servidores do BC !

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