da redação
Em assembleias realizadas ontem à noite em todo o País, os bancários rejeitaram a proposta de 6,1% de reajuste apresentada pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban) e decidiram entrar emgreve portempo indeterminado a partir do dia 19. Os bancários seguiram orientação do comando nacional, coordenado pela Contraf-CUT.
“Eles fecharam a porta de negociação. Nós fizemos um calendário para todo o País. A Fenabantem até o dia18 para apresentar outra proposta”, disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro.
A proposta de reajuste apre-sentadapela Fenaban, segundo Cordeiro, apenas recompõe as perdas da inflação no período, pelo INPC. “Não temos outra alternativa. Não sairemos sem aumento real.” O pedido dos bancários é de reajuste de 11,93% – aumento real de 5%. O comando nacional representa 10 federações e 143 sindicatos que têm na base 95% dos quase 500 mil bancários do País.
Além do reajuste, os bancários pedem, na pauta econômica, participação nos lucros e resultados igual a três salários mais R$ 5.553,15, piso salarial de R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese) e auxílios alimentação, refeição, 13a cesta e auxílio-creche/babá de R$ 678 ao mês.
Ostrabalhadores pedem também melhores condições de trabalho, fim das demissões, plano de cargos e salários, auxílio-educação e prevenção contra assaltos e sequestros, entre outros. “Há muitas demissões, sobrecarga de trabalho e a questão das metas, que têm gerado um adoecimento gigantesco da categoria”, comentou a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira.
“A proposta da Fenaban não mudanadanas condições de trabalho e ainda traz zero de aumento real. Nós damos um prazo. Até dia 18 eles podem chamar o domando e mudar a proposta”, comentou Juvandia. Na próxima quarta-feira, os bancários fazem nova assembleia para organizar a greve e até lá podem receber nova proposta.
Fonte: O Estado de S.Paulo