Brasília
Menos de dois meses após largar às pressas o posto de embaixador do Brasil na ONU, em Nova York, para assumir o Ministério das Relações Exteriores, o diplomata Luiz Alberto Figueiredo começa a adotar uma nova linha de atuação na política externa brasileira. Em articulação com o Palácio o Planalto, Figueiredo quer turbinar a área de direitos humanos. Temas como trabalho infantil, direitos LGBT, idosos, prisões, mulheres e outras questões sociais passam, agora, ao topo das prioridades.
O chanceler almeja, dentre outras coisas, fazer do Brasil uma ponte para facilitar a adesão de países pobres e emergentes a causas que, até então, são consideradas pautas restritas ao mundo desenvolvido. A estratégia também prevê o fortalecimento da equipe de negociadores brasileiros, com grupos formados não apenas por diplomatas, mas com ampla participação de representantes de outros órgãos do governo, ONGs e atores da sociedade civil.
— O ministro não quer diplomacia e sim política externa, que é de Estado — disse uma fonte.
A interlocutores próximos, Figueiredo afirma que a atuação do Brasil na política externa não deve se resumir à agenda diplomática clássica, que trata de paz e segurança internacional.
Fonte: O Globo