Maio passou, junho chegou, o ajuste e o contingenciamento fiscais foram definidos e nada de o Mpog apresentar qualquer proposta dentro do cronograma acordado no início das negociações. Negociações? Ora, o que houve, até agora, foi tão somente a apresentação da pauta geral pelo Fórum dos Servidores Federais e, pelo Sinal, da correção das distorções das carreiras do BC.

Sem reunião com o Mpog, também sem reunião com Tombini. Seus assessores foram específicos quanto à pouca tinta da caneta da Autoridade monetária nos temas de interesse dos servidores da Casa. Mas o comprometimento do Ministro-presidente com a causa de seus servidores e sua ação junto aos colegas do Conselho Monetário Nacional, de sabida influência nas questões laborais do Planalto, tem utilidade a que ele não pode se furtar de aportar.

Aguardar sentado o desenlace dessa novela, que obrigatoriamente terá que ocorrer até o início de agosto, traz riscos sérios para nós.

Diferentemente do que ocorreu em 2012, onde o governo pagou 5-5-5 para todos e subscreveu promessas individuais às carreiras que não saíram do papel nestes três anos, pode ser que a lógica se inverta neste ano. É possível, e até provável, que todos pressionem pela correção das suas distorções, deixando menos recursos para a reposição inflacionária de todo o serviço público federal.

Romper a barreira do arrocho prometido pelo ajuste fiscal, com a reposição de 27,3% para todas as carreiras, e corrigir as distorções internas entre as duas carreiras do BC, recuperando a paridade histórica dos técnicos, além da isonomia dos benefícios, modernização da carreira e muito mais, são motivos de sobra para não ficarmos para o fim da fila.

Assim, reiteramos:

Não ligue o seu computador pela manhã; e participe da paralisação no pátio da sua regional!