Há um famoso ditado que ensina ser o tempo mal gasto tempo perdido. A versão mais corriqueira não é bem essa, mas creio que nos fizemos entender.

Nesta terça-feira, 25 de agosto, os servidores mostraram aos que quiseram ver uma indisposição crescente ao arrocho salarial e a desqualificação profissional, da mesma forma que uma disposição crescente de fazer valer os seus direitos à reposição inflacionária e ao reconhecimento como integrantes de carreiras fundamentais ao bom serviço público.

As imagens falam por mil palavras.

Em todas as sedes do BC pelo país, as estações de trabalho foram trocadas por paralisações, mobilizações e assembleias. Foi dia de os servidores serem ouvidos, desde as portas dos edifícios que abrigam a Autarquia, até a Câmara dos Deputados, onde representantes de diversas regionais e servidores lotados em Brasília percorreram gabinetes de parlamentares trabalhando em prol da PEC 147A. A cada porta aberta, esclarecimentos sobre a matéria e um pedido de apoio pela pautação e aprovação da proposta.

(Em Brasília mais de 50 servidores vão à Câmara visitar gabinetes de parlamentares em defesa da PEC147A; presidente Daro Piffer conversa com deputada Dâmina Pereira – PMN/MG)

A diretoria colegiada do BC, no entanto, parece ainda insegura sobre a necessidade de pacificar a Casa, como atividade prioritária em defesa da estabilidade monetária e a solidez e eficiência do sistema financeiro. O compromisso firmado em 11 de agosto precisa produzir efeitos práticos nesta semana, última antes do prazo legal de apresentação da PLOA 2016!

Ainda que discussões técnicas possam se dar nos fóruns apropriados, a decisão política de equiparar os salários das duas carreiras do Banco Central do Brasil e de recuperar a proporcionalidade histórica de 50% entre os salários dos técnicos e dos analistas é feita em nível ministerial.

Presidente Tombini, é hora de acertar o futuro do BCB com o Ministro Nelson Barbosa! Ou, como convém a ministro de Estado, diretamente com a Presidente da República.