Edição 137 – 9/9/2015
Energias renovadas
Nada de correr da raia
Nada de morrer na praia
Gonzaguinha
Depois do feriado da Independência, que em Curitiba foi seguido por outro, de abrangência local, o servidor voltou à greve com energia renovada. À paralisação já marcada para a data somou-se a assembleia em Porto Alegre, que decidiu encorpar o movimento nacional no dia de hoje, em que a capital paranaense retorna ao trabalho. Ou melhor, à greve.
Chuvoso no Sul do país, o tempo seco em Brasília viu a integração de mais de uma centena de colegas ao movimento que se torna nacional. E, com o apoio nacional dos servidores do Banco Central, o Sinal partiu para cima do governo: no período da tarde e esteve nas Secretarias de Gestão Pública e Relações do Trabalho, ambas do Ministério do Planejamento.
As atividades realizadas nesses organismos, responsáveis, respectivamente, pela estruturação de carreiras e negociação com os servidores, referiram-se à admissão dos aprovados em concurso e à mesa da CSPB, às quais fomos gentilmente convidados a comparecer.
Por iniciativa do senador Paulo Rocha (PT/PA), a comissão de concursados foi recebida pela chefe adjunta da Segep, Patrícia Ávila, que afirmou ser o Banco Central prioridade do governo nas admissões, aguardando o melhor momento para lançar o chamado, ainda dentro do exíguo prazo de validade do concurso. Em rápida visita ao encontro, o secretário Genildo Albuquerque expressou ser a direção do BC responsável pelo pedido de admissão de todos os aprovados, o que até agora não foi feito.
Da reunião com a confederação, não obstante as discussões de interesse particular de seus filiados, extraímos informações importantes ao processo negocial ora em curso: o prazo das negociações foi estendido ao dia 18, dada a impossibilidade de concluir todas as rodadas nesta semana; o Sinal deverá ter mesa própria nos próximos dias; em regra, o prazo de vigência da proposta poderá ser de dois anos sem cláusula financeira adicional, mantendo-se os quatro com benefícios exclusivos para as carreiras contempladas. Antes mesmo do encontro prometido, uma nova proposta poderá ser enviada ao Sinal.
Nas despedidas, Sergio Mendonça teria admitido o risco de, no dia seguinte às assinaturas dos acordos, os Especialistas do Banco Central depararem-se com o incômodo do distanciamento salarial dos colegas Procuradores da autarquia, com a concessão dos honorários àqueles. Torcemos para que a conquista se materialize, mas entendemos inadmissível a atual distorção, de obrigação e possibilidade do Presidente Tombini corrigir ainda nesta batalha, junto aos seus pares da Junta Orçamentária.
A pressão e a expressão de descontentamento dos responsáveis pela estabilidade da moeda e do sistema financeiro é que tem o condão de tirá-lo da letargia que aparenta se encontrar.
A tarde de ontem ainda produziu uma notícia relevante. A Fasubra, sob cerrada greve, decidiu apresentar contraproposta de 9,5% em 2016 e 5,5% no ano seguinte, com gatilho caso a inflação do ano que vem supere o índice de janeiro de 2017. Assunto que pode dominar as discussões do Fórum dos SPF no dia de hoje, no encontro ampliado em Brasília, que começa às nove horas, no Hotel Imperial. Do encontro, pode advir nova mesa geral com o MPOG.
O Sinal convoca os servidores novamente à porta das dez sedes do BC hoje. E, de público, dirige-se novamente à autoridade monetária para exigir movimento concreto pela reposição da inflação aos salários e a equiparação remuneratória imediata de Especialistas e Procuradores, com proporcionalidade de 50% para os técnicos e reajuste salarial para os celetistas, entre outros. Movimentos invisíveis não garantirão ao colega Tombini o apreço dos seus pares, pelo seu esforço em favor do reconhecimento dos responsáveis pela missão do BC.