Edição 149 – 24/9/2015

Presidente Tombini, faça a sua parte. Faltam 2 dias!


Em meados de 2012, o Banco Central iniciou os preparativos para um novo concurso público para repor seu defasado quadro de pessoal. À época, estimou a necessidade de provimento de 1.850 cargos vagos nas carreiras e especialista e procurador.

Sintoma de uma situação que só viria a se agravar nos anos seguintes, a falta de reconhecimento da importância do Banco Central pelo governo fez com que o Ministério do Planejamento autorizasse a realização de concurso para o provimento de apenas 500 cargos vagos.

Não bastasse isso, o provimento inicial autorizado pelo Ministério do Planejamento em maio de 2014 foi de apenas 300 aprovados, isto é, nem as vagas autorizadas no concurso foram inicialmente supridas.

Desde então, iniciou-se um intenso trabalho dos candidatos aprovados, com o apoio do Sinal, em prol da nomeação de todos. A comissão por eles formada realizou um trabalho diuturno no Congresso Nacional, nos Ministérios envolvidos e no Banco Central expondo de maneira técnica a necessidade de nomeação de todos os aprovados. Demonstraram uma perspicácia política incomum, conseguindo o envolvimento de todo o parlamento nessa justa causa, que é de todos nós que reconhecemos a importância do Banco Central para o país.

Neste período que estivemos próximos, trabalhando pela nomeação de todos, os aprovados demonstraram que merecem fazer parte do quadro de servidores do Banco Central. Não apenas porque passaram no concurso, mas principalmente pelo empenho colocado em prol dessa luta coletiva.

O trabalho e a união de todos, mesmo daqueles que já não seriam beneficiados, pois já haviam sido nomeados no primeiro momento, demonstra a importância do trabalho coletivo. Individualmente muito pouco seria alcançado.

Nesse período, o incansável trabalho da comissão de aprovados permitiu a nomeação de mais 300 servidores.

O sucesso não foi completo, ainda!

Restam cerca de 390 aprovados para serem nomeados. Em recente conversa com o Ministério do Planejamento, fomos informados que para que seja autorizada qualquer nomeação, é necessária a interlocução direta do Ministro Alexandre Tombini com a Presidente da República.

Sintomática essa situação.

Os servidores clamam constantemente pelo envolvimento da diretoria do Banco Central em seus pleitos, sem serem ouvidos.

Ao lado das competências técnicas que os diretores e presidente do Banco Central tem na consecução de sua missão, está a responsabilidade por gerir seu corpo funcional. O Banco Central não é formado apenas pelos nove membros de sua diretoria colegiada. Somos mais de 4.000 servidores ativos, quiçá teremos mais 390 servidores nos próximos dias, e cerca de 5.000 aposentados. Todos somos responsáveis pelo sucesso dessa instituição nos seus cinquenta anos de história e precisamos ser respeitados e reconhecidos.

Presidente Tombini, faça a sua parte! Apenas a Presidente da República pode autorizar a nomeação de todos os aprovados.

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