O economista-chefe do FMI, Maurice Obstfeld, considera que será muito difícil para o Brasil fazer um ajuste fiscal e “seguir em frente” enquanto não for resolvida a atual crise política.
Obstfeld disse ao Valor que, além da “derrapagem na política fiscal”, o país foi muito afetado pela desaceleração nos mercados globais, especialmente no comércio. Internamente, segundo o economista, a liberação dos preços administrados, boa no longo prazo, pressionou a inflação e reduziu a renda real. “O Banco Central precisa manter as expectativas ancoradas e as estimativas de preços para o ano que vem estão dentro da banda de tolerância da inflação, uma boa coisa”.
Ontem, o FMI divulgou novos dados sobre a economia mundial e previu que o PIB brasileiro vai encolher 3% em 2015 e 1% em 2016.
Fonte: Valor Econômico