Edição 088 - 20/10/2015

Dias de greve: Compensar, sim. Descontar, não!

 

Critérios diferentes desse padrão não passam de arbítrio da Direção do BCB e do MPOG.

No sentido de solucionar essa agressão aos nossos salários, o Sinal vem trabalhando junto à Direção do Banco e ao MPOG para a resolução imediata da reposição financeira dos descontos.

Além disso, o Sinal-RJ realizou levantamento de valores e de pessoas atingidas pelos descontos e vem tratando do assunto em nossas últimas assembleias.

Em nossa AGR realizada quinta-feira passada, dia 15, foi aprovada decisão de que o Sinal-RJ produza minuta de “contrato de mútuo” para atender àqueles colegas mais atingidos pelos descontos.

Com o indicativo de sua aprovação, tal minuta será submetida à Assembleia que será realizada no próximo dia 22, quinta-feira.

Assim sendo, consideramos fundamental sua presença em tal AGR, para que seja possível realizar o mais adequado debate sobre o tema e tenhamos bons encaminhamentos sobre o assunto.  

ESTÁGIO ATUAL DA CAMPANHA NEGOCIAL

Há tempos atrás o Sinal, na busca de recursos para garantir o ingresso de novos quadros no BC, ouviu de uma servidora do Ministério do Planejamento que a atividade de Banco Central era considerada “atividade meio” para o governo. Nada contra a área meio de qualquer atividade. Todavia, entendemos, à época, tratar-se de um grande equívoco aquela declaração.

Na semana passada, vem a público o Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ex-colega nosso, enaltecer o que seriam as principais carreiras de estado, para efeito de priorização do processo negocial, mencionando a preocupação do governo em atender as demandas da AGU, da SRF e do DPF, colocadas como fundamentais.

Não se ouviu até agora falar em Banco Central. Assim, o governo deslocou o prazo final para negociação para o final de novembro, antes era agosto, deixando-nos ao sabor das crises política e econômica.

Internamente, o clima organizacional se aproxima do caos, com pouca sensibilização do nível gerencial que deverá administrá-lo, e de nossos dirigentes, hoje preocupados com as respectivas sobrevivências. Esse é o estágio atual de nossa campanha, no final da fila de espera.

A falta de determinação de luta de nossa base parece revelar uma descrença total e renúncia ao grande sonho de exercer a função tão importante de “autoridade monetária”.

Nessa letargia, oprimidos pela força do empregador, com ameaças constantes e não regulamentação de nossos direitos constitucionais de reposição mínima das perdas inflacionárias, o governo descumprindo a convenção da OIT, procrastina a regulamentação do direito de negociação e impõe os parâmetros de punição usados na iniciativa privada para os servidores, desprotegidos de legislação.

Assim, o desconto dos dias paralisados em movimentos paredistas, na busca de seus direitos, constitui verdadeira anulação dos dispositivos constitucionais não regulamentados.

Assembleia
22/10, 5ªf. às 10h

Desça! Participe!

Juntos somos fortes!

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